Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:
Depois de soltos Andrea Neves, Rodrigo Rocha Loures, Geddel Vieira Lima, com tornozeleira, sem tornozeleira, será que há quem ponha fé na aprovação do pedido?
Janot argumenta que a situação de Aécio Neves é a mesma do senador cassado Delcídio do Amaral:
O Senador Delcídio do Amaral ostentava situação jurídica idêntica à que ora se analisa em relação ao Senador Aécio Neves. Trata-se, nos 2 casos, de senadores que ocupavam posições de liderança partidária no Senado Federal, fora da respectiva Mesa Diretora; ambos, à época do decreto cautelar, estavam em situação de flagrância pela prática do mesmo crime inafiançável e preenchiam os requisitos previstos nos artigos 312 e 313, inciso I, do Código de Processo Penal para a prisão preventiva para garantia da instrução criminal e também da ordem pública.
Ah, Dr. Janot, o senhor não percebeu a “pequena” diferença dos dois casos? Delcídio, na época, era do PT e Aécio é (ainda) presidente do PSDB.
E tucano, qualquer um sabe – não precisa ser nenhum Sobral Pinto – não pode ser preso por conta da Lei de Proteção aos Animais.
Falando sério, todo o poder de influência que tem Aécio Neves de interferir na investigação decorre da sua condição de senador e de presidente do PSDB.
Esta é a questão essencial e, contra ela, o Supremo já se manifestou e se manifestará outra vez.
Nada tira a impressão de que o único jogo que se trava hoje é o jogo de cena.