Havana, 14 de maio (Prensa Latina) Há 56 anos, o então presidente dos EUA Lyndon Johnson proibiu todos os países de vender remédios ou alimentos a Cuba, uma política que hoje mantém e endurece o governo daquele país contra a ilha.
As primeiras sanções contra a maior das Antilhas foram aprovadas em 1960 e em fevereiro de 1962 se intensificaram. Mas em 14 de maio de 1964, os Estados Unidos suspenderam o envio de alimentos e medicamentos para a nação do Caribe.
Sob o argumento de combater o comunismo, Washington pretendia estrangular a economia cubana, após o fracasso da invasão militar por Playa Girón, em 1961, perpetrada por mercenários apoiados por forças do governo daquele país.
Washington também usou como justificativa a implementação de um grupo de medidas em favor da soberania do país por Havana, como a nacionalização de usinas de açúcar e grandes empresas estrangeiras.
O Departamento de Comércio dos EUA decidiu então alterar o Regulamento de Exportação para Cuba, revogando a emissão de licenças gerais para remessas de alimentos e medicamentos. Em julho de 1964, as pressões da Casa Branca chegaram à Organização dos Estados Americanos (OEA), que impôs um bloqueio a todo comércio com a ilha do Caribe, exceto alimentos, remédios e suprimentos médicos.
Ao mesmo tempo, Washington negociou com os países europeus a aplicação de sanções contra a maior das Antilhas.
Desde então, a política do bloqueio dos Estados Unidos contra Cuba não mudou, pelo contrário, as pressões para sufocar a ilha aumentaram, especialmente agora, quando o país também enfrenta o Covid-19.
Segundo as autoridades cubanas, desde 2017 o governo dos EUA aplicou mais de 190 sanções contra a ilha, o que mostra a intensificação do cerco econômico, comercial e financeiro contra a maior das Antilhas.
No dia anterior, e novamente para justificar sua política em relação à ilha, o governo Donald Trump restabeleceu Cuba na lista de nações que ‘não cooperam com os esforços antiterroristas’.
A disposição emitida pelo Departamento de Estado dos EUA foi rejeitada pelas autoridades cubanas, que denunciaram, mais uma vez, como a nação do norte esconde sua história de terrorismo e genocídio contra a ilha.