22.5 C
Brasília
domingo, 2 fevereiro, 2025

A solidariedade internacional em defesa da Palestina e contra o genocídio israelense

(Foto: Mídia Ninja)

Wagner França*

A luta do povo palestino pela autodeterminação e justiça tem sido uma das mais emblemáticas no cenário geopolítico contemporâneo.

Desde a criação do Estado de Israel em 1948, os palestinos têm enfrentado uma ocupação brutal e sistemática de suas terras, resultando em uma crise humanitária prolongada. A resistência palestina, seja na forma de protestos populares ou de movimentos armados, é uma resposta inevitável a décadas de violência e opressão. A visão revolucionária que permeia esta luta não é apenas pela restauração das terras, mas também pela afirmação do direito inalienável de viver em liberdade e dignidade, sem a opressão do colonialismo sionista.

 Essa resistência, no entanto, não se dá apenas no plano local, mas também tem uma expressão internacional. Diversos movimentos progressistas ao redor do mundo, especialmente os que se opõem ao imperialismo, veem na causa palestina um símbolo da luta contra a opressão e a exploração. A solidariedade internacional, incluindo a postura revolucionária de muitos países e movimentos, é crucial para garantir a continuidade da resistência palestina. Países como a Rússia, que enfrentam sua própria batalha contra as potências ocidentais, têm demonstrado apoio às iniciativas de autodefesa dos povos oprimidos, incluindo os palestinos. Esse apoio não é apenas político, mas também reflete um compromisso com a autodeterminação dos povos e a luta contra os sistemas imperialistas que buscam desestabilizar regiões por meio de suas políticas belicistas.

A postura de apoio a movimentos de autodefesa como o dos palestinos encontra respaldo em várias correntes revolucionárias e anti-imperialistas, que veem o apoio à Palestina como parte de uma luta global contra o imperialismo ocidental. A solidariedade com a Palestina e a condenação de Israel por suas ações genocidas não devem ser vistas apenas como reações circunstanciais, mas como a continuidade de uma luta histórica contra as potências coloniais que, por décadas, têm alimentado a repressão e a negação dos direitos fundamentais do povo palestino. Esse apoio à resistência palestina também ecoa a postura de vários outros países e movimentos em defesa da autodeterminação, como no caso das resistências na Ásia e na América Latina, que rejeitam a dominação ocidental.

 A condenação ao Estado de Israel não é uma posição isolada, mas uma manifestação de um amplo movimento mundial contra o que muitos definem como um regime de apartheid, que submete o povo palestino a condições subumanas. O bloqueio a Gaza, as políticas de colonização da Cisjordânia e as frequentes agressões militares contra civis palestinos são apenas alguns exemplos das práticas genocidas sistemáticas que o Estado de Israel impõe. Esses atos não são meras exceções ou erros, mas uma política de Estado, refletindo uma intenção clara de erradicar a identidade palestina e anexar suas terras à força.

 O movimento de apoio à Palestina não é apenas um chamado à condenação de Israel, mas também um apelo à reconstrução da solidariedade internacional em defesa dos povos oprimidos. As vitórias militares ou políticas de países como a Rússia, que resistem às intervenções imperialistas ocidentais, são vistas como um reflexo da capacidade dos povos oprimidos de garantir sua soberania. Ao apoiar a Palestina e outros países latino-americanos com posturas similares oferecem um modelo de resistência contra a agressão imperialista e uma visão de um mundo multipolar, onde os povos têm o direito de determinar seus próprios destinos.

 Assim, o movimento palestino e a solidariedade internacional com ele representam um marco importante na luta contra o imperialismo e o colonialismo contemporâneos. A defesa da autodeterminação palestina não é apenas uma questão regional, mas uma luta global pela justiça, pela dignidade humana e pela paz verdadeira, longe da dominação de potências que promovem a guerra como forma de resolver disputas geopolíticas. O apoio à Palestina é, portanto, uma expressão de compromisso com um mundo mais justo e equitativo, onde todos os povos, independentemente de sua origem ou religião, possam viver em liberdade e segurança.

* Wagner França é jornalista e militante cultural

ÚLTIMAS NOTÍCIAS