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quarta-feira, 4 setembro, 2024

A presidente do Peru é denunciada perante o Tribunal Penal Internacional

© AFP 2023 / Josh Edelson (Sputnik)

Lima (Prensa Latina) Importantes personalidades do Peru denunciaram nesta terça (20) a presidente daquele país sul-americano, Dina Boluarte, e outras autoridades perante o Tribunal Penal Internacional pelas 49 mortes registradas durante a repressão aos protestos sociais.

A denúncia foi anunciada pelos autores, de vários cargos políticos, incluindo a ex-primeira-ministra Mirtha Vásquez, o ex-ministro das Relações Exteriores Diego García, os ex-embaixadores de carreira Oswaldo de Rivero e Harold Forsyth e a ex-ministra da Justiça Marisol Pérez Tello.

Uma declaração dos 16 queixosos especifica que tal ação judicial contra Boluarte foi movida perante o referido tribunal com sede em Haia e aponta-a como responsável pelas mortes e 344 feridos, principalmente por armas de fogo militares e policiais.

O caso é objeto de lentas investigações do Ministério Público que identificam a presidente e ex-membros de seu governo envolvidos como supostos responsáveis, e até mesmo uma denúncia contra eles no Congresso que ainda está pendente de debate.

A declaração descreve “a expectativa justa de que uma investigação será aberta e as consequências finais serão alcançadas, incluindo quaisquer medidas de precaução que possam ser apropriadas.

A queixa baseia-se em “relatórios categóricos de países e organizações internacionais, incluindo os Estados Unidos, o Canadá, a União Europeia, a Austrália, a Nova Zelândia, a ONU” e outros organismos.

Quando, em Junho passado, o Embaixador Forsyth anunciou a preparação da denúncia hoje apresentada, o Primeiro-Ministro, Gustavo Adrianzén, disse que a tentativa de levar o Presidente Boluarte ao Tribunal Penal Internacional por estes acontecimentos, obviamente, não tem fundamento.

“Estamos a atravessar uma das fases mais críticas da nossa história, caracterizada por graves violações dos princípios da democracia representativa e gravíssimas violações dos direitos humanos que não podem, nem devem permanecer na mais absoluta impunidade”, acrescenta o texto.

Questionada sobre a notícia, a ministra da Habitação, Hania Pérez de Cuéllar, disse que o assunto está nas mãos do chefe da Justiça, Daniel Maurate, enquanto o seu colega da Educação, Morgan Quero, invocou a soberania nacional.

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