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quarta-feira, 27 março, 2024

A ONU E O BLOQUEIO A CUBA

Assembleia Geral deve rejeitar pela 29ª vez os embargos que castigam o país

Pedro Monzón*

En 28 ocasiones consecutivas, el bloqueo a Cuba fue rechazado por la gran mayoría de países que integran la Asamblea General de la ONU (AGNU) y también por diversos Parlamentos, personalidades y grupos solidarios de todo el mundo.

Implementado formalmente en 1962, el embargo sigue las tesis expresadas en un memorando oficial del gobierno de Estados Unidos en ese momento, que literalmente dice: “La mayoría de los cubanos apoyan a Castro (…) la única forma (…) de retirar el apoyo interno es a través del desencanto y la insatisfacción. derivados del malestar económico y las dificultades materiales (…). Há que se empregar, rapidamente, todos os meios possíveis para debilitar a vida econômica (…) e conseguir os maiores avanços na privação a Cuba, de dinheiro e fornecimento, para reduzir recursos financeiros e os salários reais, provocar fome, desespero e o derrocamento del Gobierno”.

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Já se passaram mais de 60 anos e, apesar do repúdio mundial, as mudanças que foram introduzidas nesse sistema de sanções, contraditoriamente, reforçaram a sua intenção e o efeito genocida.

O bloqueio hoje agrega 243 medidas extremamente agressivas contra a economia cubana, que afetam os direitos humanos e o conforto da população. O ex-presidente Barack Obama iniciou um efêmero e limitado relaxamento desse engendro, que, porém, acabou se revitalizando com força brutal durante a administração Donald Trump.

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Joe Biden, apesar de suas promessas de mudança, ainda não aboliu nenhuma dessas violentas medidas.

Tem sido o maior obstáculo para o desenvolvimento econômico de Cuba, ao ocasionar perdas de mais de US$ 144 bilhões nestas seis décadas e afetar duramente o comércio, os investimentos estrangeiros e a aquisição de tecnologia e produtos básicos, especialmente para a saúde e durante a pandemia de Covid-19. Interrompe qualquer operação financeira relacionada com Cuba, como a entrada de petróleo, e provoca danos muito relevantes à economia estatal e privada.

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No há uma só justificativa. Cuba é um país pacífico, muito seguro, com baixos índices de delinquência. Não existe violência policial, nem torturas. A atenção médica é gratuita, e temos indicadores de saúde que se comparam inclusive a países desenvolvidos. O mesmo acontece com a educação. O povo é educado e culto. O seguro social tem níveis elevados; não há moradores de rua; todas as crianças estão bem nutridas e vão à escola; as drogas, a discriminação em geral e os feminicídios não constituem problemas. Cuba, ademais, é uma referência sem precedentes na cooperação mundial na saúde, na educação e em outros setores. Ninguém questiona.

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Nesta quarta-feira (23), a AGNU, novamente, inclui o tema em sua agenda. Muito provavelmente o bloqueio será reprovado massivamente, o que, mesmo que não tenha consequências práticas imediatas, representará uma pressão adicional e um testemunho importante para a história.

Enquanto isso, o país seguirá resistindo e mudando tudo o que deve ser mudado para incrementar a eficiência econômica e gerar todo o progresso possível.

*Pedro Monzón é Cónsul General de Cuba en São Paulo

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