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sábado, 8 março, 2025

A mídia está convencida com os ataques dos EUA

Cargo: Rikki Rocx

Por Bepe Damasco, em seu blog :

Vale tudo, tudo mesmo para destruir o governo Lula. Mesmo que as agressões dos Estados Unidos sejam tentativas explícitas de violar a soberania do Brasil e sabotar o funcionamento independente e independente de seus poderes.

Por isso, boa parte das reportagens e das análises da imprensa comercial tratam as investidas de instituições dos EUA, controladas por Trump e em parceria com o bolsonarismo, contra decisões do Supremo Tribunal Federal (STF) brasileiro e do ministro Alexandre de Moares com uma naturalidade inaceitável diante da gravidade do que está investindo.

Âncoras e comentaristas acabam até se treinando e exibindo ares de satisfação com a iminência de uma crise diplomática de proporções maiores. E fala de “pressão dos EUA sobre o ministro Moraes” e “ações norte-americanas questionando o STF” não como afronta a uma nação soberana, mas como uma mera questão de disputa política.

Aos fatos:

1) O Departamento de Estado dos EUA criticou decisões do STF relacionadas às big techs norte-americanas no Brasil, usando a velha cantilena fascista de colocar sob a proteção da liberdade de expressão todo tipo de crimes virtuais.

2) A Comissão Judiciária da Câmara dos Deputados dos EUA, uma espécie de comissão de constituição e justiça deles, aprovou a autorização de entrada no território dos EUA de autoridades estrangeiras que violam a primeira emenda da constituição, que veda a limitação da liberdade de expressão, abrindo caminho inclusive para a deportá-las.

3)Tramitam nos EUA processos de duas plataformas digitais contra o ministro Alexandre de Moraes: um movido pela Rumble, uma rede social de vídeo, e outro pela Trump Média & Tecnologia Group, que opera várias empresas e pertence a Trump.

O Ministério das Relações Exteriores do Brasil, o presidente Lula e o ministro Moraes reagiram aos ataques imperialistas, rechaçando interpretações políticas de decisões do Judiciário brasileiro e a falta de respeito à nossa legislação e à independência entre os poderes.

Mas a imprensa nativa, fiel ao seu sabujismo e viralatismo crônico, esfrega as mãos, ávida para que os ataques escalem rapidamente, a ponto de se transformar em um impasse diplomático de consequências imprevisíveis. A cobertura sobre o assunto vem sendo marcada por uma jornada antipatriótica de neutralidade, já que os dois lados têm argumentos defensáveis.

Zero de indignação pela frente à soberania do Brasil.

Zero de divulgação às ações de Bolsonaro em conluio com outro país para nos atacar.

Se isso não é crime de lesa pátria, o que mais será?

Tudo indica que a ofensiva dos EUA está apenas no início e vai crescer na medida em que o julgamento de Bolsonaro, que fatalmente o avanço na cadeia, avança.

Caberá, então, aos verdadeiros patriotas, que prezam os valores democráticos e republicanos, se mobilizarem em defesa da nação.

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