Após passar 1.901 dias preso injustamente na penitenciária de segurança máxima de Belmarsh, na Inglaterra, finalmente o jornalista Julian Assange, fundador do Wikileaks, foi libertado nesta segunda-feira (24). Ele corria o risco de ser deportado aos EUA para cumprir uma pena fixada em 175 anos de cadeia e para morrer nas masmorras do império – numa das maiores aberrações judiciais dos últimos anos. Para conquistar sua soltura, ele concordou em se declarar culpado por “disseminação ilegal de material de segurança nacional”.
Como festejou o Wikileaks, a libertação de Julian Assange “é resultado de uma campanha global que envolveu trabalho de base, defensores da liberdade de imprensa, legisladores e líderes de todo o espectro político, até as Nações Unidas… Agradecemos a todos que estiveram ao nosso lado, lutaram por nós e permaneceram totalmente comprometidos na luta pela sua liberdade. A liberdade de Julian é a nossa liberdade”.
Entre os que lutaram por sua soltura e pela verdadeira liberdade de expressão, além dos movimentos sociais de várias nações, estão o Papa Francisco e o presidente Lula – um dos poucos chefes de Estado a denunciar a absurda prisão. Já entre os seus principais algozes, estão o imperialismo ianque, o governo britânico e o traidor Lenin Moreno – que revogou o asilo de Julian Assange na embaixada do Equador em Londres. E entre os cúmplices desse crime, está a mídia monopolista do mundo inteiro – inclusive do Brasil, que cinicamente fala em liberdade de expressão, mas se calou diante desse atentado à democracia.
Crimes de guerra no Iraque e no Afeganistão
Julian Assange ficou preso por cinco anos por denunciar as ações terroristas e de espionagem do império. Em julho de 2010, o Wikileaks tornou público 70 mil relatórios confidenciais sobre as operações militares dos EUA no Afeganistão. Em outubro do mesmo ano, ele divulgou 400 mil relatórios sobre a invasão do Iraque. Um mês depois, o site revelou 250 mil telegramas diplomáticos ianques comprometedores. Essas revelações é que explicam o ódio dos EUA e sua tentativa de calar o jornalista e o site jornalístico independente.
Sob a falsa acusação de estupro, ele foi condenado pela Justiça da Suécia em dezembro de 2010 e se entregou à polícia britânica. Solto poucos dias depois, sua vida virou um inferno com a crescente perseguição judicial. Em junho de 2012, o jornalista refugiou-se na embaixada equatoriana em Londres e pediu asilo político. O Equador, então presidido por Rafael Correa, concedeu o asilo em agosto e pediu às autoridades britânicas, sem sucesso, um salvo-conduto para que ele pudesse viver em Quito. Julian Assange ficou confinado na embaixada por quase sete anos. Em abril de 2019, o judas Lenin Moreno cancelou o asilo e entregou o jornalista à polícia britânica.
A imprensa com complexo de vira-lata
“Em maio de 2019, a justiça dos Estados Unidos, que já o acusava de ‘pirataria informática’, o acusa de outros 17 crimes com base nas leis de espionagem… Em 19 de novembro, a promotoria sueca anuncia o abandono da investigação por estupro por falta de provas. Em fevereiro de 2020, a justiça britânica começa a examinar o pedido de extradição dos EUA, que é adiado devido à pandemia. Assange confirma sua recusa em ser extraditado. Sua companheira, a advogada Stella Morris, adverte que entregá-lo aos EUA resultaria em uma ‘pena de morte’… Em 24 de junho de 2024, Assange alcança um acordo de culpabilidade com a justiça americana que lhe permite obter a liberdade”, descreve a agência de notícias AFP.
Nesse longo calvário, a mídia imperialista – que adora bravatear sobre liberdade de expressão – ocultou a perseguição política, a censura, a tortura psicológica, a brutalidade. Agora, com a libertação de Julian Assange, ela não assume seu crime contra o jornalismo. No caso da mídia colonizada brasileira, com seu complexo de vira-lata diante do império, a postura é ainda mais vergonhosa. Julian Assange está livre! Cai a máscara da mídia monopolista e de seus colunistas servis!
Usamos cookies para personalizar e melhorar sua experiência em nosso site e aprimorar a oferta de anúncios para você. Visite nossa Política de Cookies para saber mais. Ao clicar em "aceitar" você concorda com o uso que fazemos dos cookies.
This website uses cookies to improve your experience while you navigate through the website. Out of these, the cookies that are categorized as necessary are stored on your browser as they are essential for the working of basic functionalities of the website. We also use third-party cookies that help us analyze and understand how you use this website. These cookies will be stored in your browser only with your consent. You also have the option to opt-out of these cookies. But opting out of some of these cookies may affect your browsing experience.
Necessary cookies are absolutely essential for the website to function properly. These cookies ensure basic functionalities and security features of the website, anonymously.
Cookie
Duração
Descrição
cookielawinfo-checkbox-analytics
11 months
This cookie is set by GDPR Cookie Consent plugin. The cookie is used to store the user consent for the cookies in the category "Analytics".
cookielawinfo-checkbox-functional
11 months
The cookie is set by GDPR cookie consent to record the user consent for the cookies in the category "Functional".
cookielawinfo-checkbox-necessary
11 months
This cookie is set by GDPR Cookie Consent plugin. The cookies is used to store the user consent for the cookies in the category "Necessary".
cookielawinfo-checkbox-others
11 months
This cookie is set by GDPR Cookie Consent plugin. The cookie is used to store the user consent for the cookies in the category "Other.
cookielawinfo-checkbox-performance
11 months
This cookie is set by GDPR Cookie Consent plugin. The cookie is used to store the user consent for the cookies in the category "Performance".
viewed_cookie_policy
11 months
The cookie is set by the GDPR Cookie Consent plugin and is used to store whether or not user has consented to the use of cookies. It does not store any personal data.
Functional cookies help to perform certain functionalities like sharing the content of the website on social media platforms, collect feedbacks, and other third-party features.
Performance cookies are used to understand and analyze the key performance indexes of the website which helps in delivering a better user experience for the visitors.
Analytical cookies are used to understand how visitors interact with the website. These cookies help provide information on metrics the number of visitors, bounce rate, traffic source, etc.
Advertisement cookies are used to provide visitors with relevant ads and marketing campaigns. These cookies track visitors across websites and collect information to provide customized ads.