José Miro
O Ministro da Segurança Pública de Temer, Raul Jungmann, em novembro do ano passado, afirmou: “O crime domina o sistema prisional porque o poder público não garante a vida dele (o preso). Quem garante, lá dentro, é a facção”.
Ele sabia do que falava.
Desde 1991, com o Governo de Luis Antônio Fleury, cujo vice foi Aloysio Nunes (PSDB), estabeleceu-se uma aliança administrativa e eleitoral do principal grupo criminoso de São Paulo, o Primeiro Comando da Capital (PCC) e o Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB).
A partir de Mario Covas (1995-2001), o PSDB e o PCC vem dominando a política e as prisões paulistas. E, com esta base, no Estado mais rico do Brasil, pode ampliar suas ações para outros sistemas prisionais em diversos Estados brasileiros. Hoje o PCC é um poder na área da segurança pública brasileira.
Com a Sergio Moro, de fortíssimas vinculações com o PSDB, no Ministério da Justiça, o PCC passou a atuar politicamente para desmoralizar e dificultar os governos em oposição ao de Brasília. O Ceará foi escolhido para o início da ação desta nova aliança.
Por que o Ceará? Porque é um Estado que vem obtendo sucessivos triunfos administrativos, na área da educação, das finanças, do desenvolvimento econômico, e sempre com governos opostos aos atuais de Brasília.
A sede de realizações criminosas, para divulgação pela mídia hegemônica, a Globo, o SBT, a Record, a Bandeirante, levou este grupo a cometer o erro de destruir uma torre de transmissão de energia. Isto mostra a ação terrorista e não criminosa, e nos informa que os elementos de organismos norte-americanos que agiram com Moro, no Paraná, também estão nestes crimes oficiais no Ceará.
O Brasil ficou refém de um grupo criminoso encaixado no Estado.
Qual o papel da Forças Armadas? Do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República? Observar inerte este ataque a brasileiros? Escudar-se em atribuições pouco definidas para não adotar qualquer ação.
É para isso que pagamos impostos?
Ou vamos criar milícias para enfrentar a bandidagem associada à política e partidos políticos?