As lojas e armazéns israelitas fecham as portas devido à queda do consumo privado.
HispanTV – As consequências da guerra de Israel contra Gaza terão um efeito bumerangue para o regime que vê os seus sectores produtivos cair como dominós.
Conforme anunciou esta sexta-feira o jornal hebreu Mariv, que cita um estudo da empresa Coface Bdi, dedicado à informação comercial para gestão de risco de crédito, 46 mil empresas israelitas fecharam as portas desde o início da guerra contra Gaza, em 7 de Outubro de 2023.
As consequências da guerra serão ainda mais prejudiciais para Israel, indica o relatório, uma vez que o número de empresas sionistas que terão de cessar as operações atingirá 60.000 até ao final deste ano.
O diretor geral da Coface Bdi, Yael Amir, revelou que os efeitos serão sentidos em diferentes áreas. “Este é um número muito elevado que inclui muitos setores”, observou.
Como confessou Amir, o turismo israelita é quase inexistente e as áreas turísticas tornaram-se zonas de combate.
De acordo com estimativas do gabinete central de estatísticas de Israel, o sector produtivo despencou nos últimos três meses de 2023, especialmente devido a uma grande queda no consumo privado.
O consumo privado contraiu 26,9%, enquanto o investimento empresarial despencou 67,8%. As exportações caíram 18,3% e as importações 42%.
O fator Iémen também desempenhou um papel crucial na queda do sector económico de Israel, ao declarar qualquer navio ou navios israelitas destinados a objetivos militares da Palestina ocupada, num gesto de solidariedade com o povo oprimido de Gaza.
No final de Abril deste ano, o chefe do Bureau Político do Movimento de Resistência Islâmica Palestiniana (HAMAS), Ismail Haniya, comemorou este acontecimento sem precedentes. “Ninguém poderia imaginar que um país como o Iémen teria uma influência tão poderosa e interromperia o fluxo de tráfego na área do Mar Vermelho. Esta ação do Iémen destruiu a economia israelita e interrompeu as atividades das empresas israelitas. Ninguém pensou nisso”, destacou então.