Buenos Aires (Prensa Latina) O Ministro das Relações Exteriores da Argentina, Felipe Solá, destacou nesta terça (08) que a lei (guerra judicial e midiática) ainda está em vigor na região, referindo-se ao recente caso de proscrição contra os ex-presidentes Rafael Correa (Equador) e Evo Morales (Bolívia).
Ao discutir o caso da Bolívia, o Ministro das Relações Exteriores reafirmou que a Argentina permitirá que todos os cidadãos daquele país votem no país, conforme estipulado pela regulamentação vigente. Saiba que faremos tudo o que estiver ao nosso alcance para que a democracia funcione para os bolivianos que vivem aqui, disse ele.
Ele também disse que esta nação do sul não reconhece o atual governo de Jeanine Añez e as relações consulares são mantidas apenas porque há muitas pessoas indo e vindo, especialmente bolivianos na Argentina, que não queremos prejudicar. Mas o nível de hostilidade tem sido muito alto, disse ele em declarações à Destape Radio.
Com relação às próximas eleições no BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento), o ministro das Relações Exteriores e Culto enfatizou que seus regulamentos dizem que o presidente deve ser eleito em uma reunião anual ordinária dos governadores, e que essa reunião foi adiada para março de 2021.
Por um lado, a reunião anual do BID não é realizada por causa da pandemia, mas para algumas pessoas o presidente pode ser eleito virtualmente. Isso é questionável, ele observou após ressaltar que ao longo da história o BID tem sido liderado por uma latino-americana, em referência à intenção dos Estados Unidos de concorrer a essa posição.
Solá também aprofundou o relacionamento com o Brasil, o principal parceiro comercial da Argentina. ‘Estamos buscando uma relação mais forte com todos os setores da sociedade e queremos evitar qualquer desacordo público com o governo de Jair Bolsonaro’, disse ele.
Finalmente, enfatizou que eles irão aprofundar as relações com a China em busca de investimentos. Se possível, estaremos em Xangai em novembro. Somos convidados especiais de honra em uma grande exposição de exportadores, onde nos encontraremos com compradores chineses. Nós iríamos com homens de negócios nacionais, disse ele.