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domingo, 22 dezembro, 2024

A direita de Miami e a sua coerção contra os artistas cubanos

Havana (Prensa Latina) O Partido Comunista de Cuba destacou hoje os métodos de pressão que a extrema direita de Miami, os Estados Unidos, exerce sobre os artistas cubanos para que se posicionem contra o governo da ilha.

Comentário publicado no jornal Granma, órgão oficial da organização política, refletiu sobre a coerção a que são submetidos os músicos ou outros expoentes da arte, antes de continuar sua carreira profissional naquela cidade.

Segundo o texto, manifestar-se contra o governo cubano, sacar a espada e afundá-la até o cabo, é uma moeda de troca para romper os incertos circuitos culturais de Miami.

O Granma publicou recentemente as declarações do rapper argentino Daniel Devita, que evidenciou esse mecanismo de extorsão em cantores cubanos como Yulien Oviedo, Yotuel Romero e o grupo Gente de Zona.

Em seu canal no YouTube, Devita explica que esses artistas ocuparam um cargo de apoio ao Governo da ilha até cerca de dois anos atrás, quando, sob pressão, iniciaram um processo radical de metamorfose que coincidiu com aumentos meteóricos de suas carreiras em Miami.

Na opinião do rapper argentino, trata-se da utilização dessas pessoas, por meio de chantagem e coerção, em golpes leves e desestabilizadores em países que não respondem aos Estados Unidos.

Sobre o assunto, o ex-embaixador de Cuba em Washington, José Ramón Cabañas, destacou que isso nada tem a ver com a forma como os artistas da nação caribenha são recebidos em Los Angeles, Chicago ou Nova York, que são capitais da cultura.

Em declarações à Prensa Latina, o diplomata destacou que os Estados Unidos não são Miami, onde existe uma máfia controladora cubano-americana que quer transmitir essas mensagens odiosas.

Vários especialistas concordam que o uso da arte para gerar desestabilização é um elemento necessário da guerra não convencional contra a ilha.

Notícias falsas, manipulação emocional, colapso institucional e formação de líderes de opinião são algumas das ferramentas dessa estratégia descrita no livro sobre golpe suave do cientista político americano Gene Sharp.

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