De referência para as publicações do continente, o site AfricaNews publica o despacho de uma empresa multinacional de informação datada de Havana, capital cubana, que informa sobre o anúncio do chanceler cubano, Bruno Rodríguez, sobre a decisão oficial das Grandes Antilhas.
A nota indica que o Ministério das Relações Exteriores de Cuba divulgou um comunicado que dá conta da decisão que confirma o seu envolvimento no caso.
Acrescenta que a medida visa sobretudo “travar as atrocidades contra o povo palestiniano resultantes do uso desproporcional e indiscriminado da força”.
Em 1973, o histórico líder cubano, Fidel Castro, anunciou na IV Cúpula do Movimento dos Não-Alinhados, realizada na Argélia, o rompimento das relações diplomáticas com Israel devido às suas agressões contra os estados árabes e à sua ocupação de terras palestinas, incluindo Jerusalém na guerra de 1967.
Em 1974, o iniciador da luta de libertação palestiniana, o comandante Yasser Arafat, visitou Cuba pela primeira vez e regressou em 1978 para participar no Festival da Juventude e dos Estudantes realizado em Havana.
Desde antes dessa data, o governo cubano apoiava a causa palestina de forma multifacetada e em fóruns internacionais, além de denunciar os excessos dos ocupantes israelenses na Cisjordânia e na Faixa de Gaza.
Durante décadas, o principal líder cubano pesou o seu enorme prestígio político e autoridade moral para condenar os excessos do Estado sionista e após a sua reforma, nos seus comentários jornalísticos intitulados Reflexões, denunciou os métodos nazis utilizados pelos ocupantes israelitas.
Desde o início da agressão contra Gaza, que causou dezenas de milhares de mortes de civis, o atual presidente cubano, Miguel Díaz-Canel Bermúdez, convocou protestos nacionais contra o genocídio israelense em Gaza que, além de abalar a capital cubana e outras cidades, incluíam escolas e centros de trabalho.