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terça-feira, 15 outubro, 2024

Uma publicação sempre ao lado do povo

 

Jorge Lezcano Pérez*

José Martí, apóstolo da independência de Cuba, que entre suas contribuições à causa americana, esteve o exercício brilhante do jornalismo, escreveu em 8 de julho de 1875, um artigo na Revista Universal do México, onde dizia:

“Cabe à imprensa encaminhar, explicar, mostrar, orientar, dirigir; Cabe a ela examinar os conflitos, não inflamá-los com um julgamento apaixonado; não encarniçá-los com demonstrações de adesão fora de hora, Cabe-lhe propor soluções, amadurecê-las e facilita-las.” Posso afirmar com orgulho que “Patria Latina” em seus 18 anos de existência sempre agiu de acordo com esses princípios.

Neste mês de fevereiro de 2020 sobram razões para que os cubanos rendam um merecido tributo a esse destacado portal brasileiro em seus mais de cinco anos defendendo a partir das ideias, com objetividade, veracidade e com a verdade as nobres causas dos povos para construir soberanamente seu próprio destino.

Desde sua fundação “Pátria Latina” está do lado da Revolução Cubana, denunciando os planos do imperialismo ianque para destrui-la, desmantelando as campanhas diversionistas com as quais pretende isolá-la do mundo e confrontando com sólidos argumentos o bloqueio econômico, comercial e financeiro criminoso com o qual há mais de 60 anos os diferentes governos americanos tentam subjugar o povo heroico de Cuba.

“Pátria Latina” tem também o mérito de disseminar sistematicamente as ideias do líder histórico da Revolução Fidel Castro e, com isso, fornecer uma grande contribuição para a batalha de idéias que os humildes de nosso planeta empreendem contra o neoliberalismo e todos os tipos de opressão imperial em busca de um mundo de paz, cheio de justiça social, com todos e para o bem de todos.

Também é obrigatório reconhecer a contribuição de “Pátria Latina” no campo da solidariedade internacional, denunciando com coragem política as agressões e desapropriações que os grandes centros de poder militar e econômico tem levado a cabo contra os povos nas diferentes regiões do mundo, seja na Venezuela, Bolívia, Equador, Palestina, Irã, Líbia, Iraque; e, é claro, sua dedicação na defesa dos interesses do povo brasileiro que está sempre em primeiro plano do seu trabalho jornalístico revolucionário.

Mas talvez a contribuição que mais distinga a “Pátria Latina” em seus 18 anos frutíferos de existência seja o desenvolvimento de seu trabalho com pouquíssimos recursos econômicos e tecnológicos, em um cenário totalmente monopolizado pelos grandes veículos de comunicação transnacionais nos quais a ética jornalística foi praticamente devorada pelas fake news, inventadas e aplicadas pelos nazistas de Hitler para dominar o mundo. Estratégia aplicada pelos Estados Unidos para se apossar de toda a riqueza do mundo, como reconheceu Allen W. Dulles, ex-diretor da Agência Central de Inteligência (CIA) em seu livro “A Arte da Inteligência”, no qual explica os métodos usado para desintegrar a União Soviética (URSS): “O objetivo final da estratégia em escala planetária é derrotar no campo das idéias as alternativas ao nosso domínio, através do deslumbramento e da persuasão, manipulação do inconsciente, usurpação do imaginário coletivo e da recolonização das utopias redentoras e libertárias, para alcançar um produto paradoxal e perturbador: que as vítimas passem a entender e compartilhar a lógica de seus carrascos ”

O Comandante – em – Chefe Fidel Castro, em uma reunião com jornalistas estrangeiros em Santiago, Chile, em 3 de setembro de 1971, disse-lhes: “As massas precisam conhecer e visualizar seu inimigo. Se eles não o conhecem, se ele está disfarçado, se não sabem quem ele é, não o visualizam. Seu papel na conscientização das massas é educá-las em todos os aspectos, ensiná-las como essas lutas são realizadas, suas leis, suas dinâmicas; mostrar-lhes os métodos que eles usam, desmascar esses métodos, suas mentiras, suas falsidades … E dentro de suas limitações, acreditamos que jornalistas revolucionários, se tiverem muito claro esses objetivos, podem fazer muito pelo processo revolucionário. ”

E foi precisamente isso que Pátria Latina tem feito durante seus 18 anos de luta revolucionária e fidelidade à causa dos humildes e do proletariado mundial.

Obrigado e parabéns Pátria Latina

*Jorge Lrezcano Pérez, foi membro do Comitê Central, do Bureau do Partido Comunista de Cuba, membro do Conselho de Estado, foi o Coordenador Nacional dos Comitês de Defesa da Revolução (CDR), Vice-Presidente da Assembleia Nacional do Poder Popular,

Fez parte da equipe de coordenação e apoio de Fidel por vários anos. Em seguida, foi nomeado Primeiro Secretário do Partido na Cidade de Havana, onde trabalhou de 1984 a 1994, participando de tarefas da mais alta prioridade durante o período especial e Embaixador de Cuba no Brasil de 2000 a 2003.

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