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quarta-feira, 15 janeiro, 2025

Inflação na Argentina chegou a quase 46% em julho

Buenos Aires, 3 ago (Prensa Latina) O custo de vida subiu na Argentina outros 3,1 pontos percentuais em julho e assim atingiu 45,86 por cento anual, informa hoje o Observatório de Dados Econômicos e Sociais.
Desse modo, uma família média precisa de quase 12.800 mil pesos (853 dólares) ao mês para não ser pobre, conforme o custo da cesta alimentar básica, assinala esse centro de estudos pertencente à Confederação Geral do Trabalho, Azopardo.
Uma família composta por dois adultos maiores e dois filhos menores precisou em julho de 5.588 mil pesos (392 dólares) para não cair abaixo da linha de indigência e pelo menos 12.796 mil (853) para não ser pobre.
A CGT Azopardo divulgou o relatório depois que o chefe de Gabinete, Marcos Peña, disse nesta quarta-feira que os acordos assinados até agora em paritárias “refletem a inflação que vem, que claramente vai ser mais baixa”.
Com isso, o chefe de ministros do presidente Mauricio Macri quis baixar o tom dos pedidos das várias associações de reabrir as negociações salariais como reivindicam vários sindicatos.
Na segunda-feira e terça-feira, associações de trabalhadores docentes realizaram uma greve em seis províncias, entre elas Buenos Aires, a maior do país, reclamando precisamente que o governo reabra uma nova rodada de negociações para ajustar os salários de acordo a atual inflação.
Além disso, Peña afirmou que a inflação de julho medida pelo governamental Instituto Nacional de Estatísticas e Censo, que se conhecerá no próximo dia 12 de agosto, se localizaria entre 2 e 2,5 por cento e disse que para as consultoras privadas o registro seria similar.
Afirmou em suas declarações à Rádio La Rede que “há indícios claros de que em julho (a inflação) foi significativamente mais baixa que em junho” e que “há um consenso bastante generalizado de que (a medida) tem estado em 2 por cento aproximadamente”.
Um estudo divulgado ontem na Universidade Metropolitana de Estudo e Trabalho adverte que o valor real do salário médio na Argentina perdeu 10 por cento e que o poder aquisitivo da classe média diante da galopante inflação caiu substancialmente.

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