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sábado, 19 outubro, 2024

Chilenos rejeitam projeto da nova Constituição

Contagem de votos em colégio eleitoral após plebiscito constitucional, Santiago, capital do Chile, 4 de setembro de 2022. (Foto: Reuters)

HispanTV  –  De acordo com os resultados preliminares, a opção Rejeição lidera a contagem de votos do plebiscito constitucional realizado neste domingo no Chile.

De acordo com os resultados parciais anunciados pelo Serviço Eleitoral Chileno (Servel), com 98,43% das mesas apuradas, a ‘Rejeição’ obteve 61,92% dos votos (7.563.786), contra 38,08% atingindo ‘Aprovar’ (4.651.092) .
O triunfo da ‘Rejeição’ ficou bem acima das projeções das pesquisas, que previam que a recusa da mudança constitucional prevaleceria, mas não com esse nível de diferença.
Após o anúncio, os porta-vozes do ‘Apruebo’ reconheceram a derrota no plebiscito e prometeram continuar trabalhando para conseguir uma nova Constituição.
Por sua vez, o presidente chileno, Gabriel Boric, convocou todos os representantes dos partidos políticos para uma reunião no Palácio de la Moneda na próxima segunda-feira para retomar as negociações sobre o assunto.
Nesse contexto, em mensagem à nação Boric ratificou que o plebiscito realizado no domingo, e no qual a maioria rejeitou a proposta de uma nova Constituição, fortaleceu a democracia do país, já que houve recorde de comparecimento e o dia foi realizado fora em paz.
“Esta decisão exige que nossas instituições e atores políticos trabalhem com mais diálogo, mais respeito e carinho até chegarmos a uma proposta que nos interprete a todos, que nos una como país”, enfatizou.
Segundo relatos, mais de 15.076.690 milhões de cidadãos foram convocados para votar para aprovar ou rejeitar a proposta da nova Carta Magna, enquanto 97.239 foram convocados no exterior.
De acordo com estimativas do presidente da Servel, Andrés Tagle, havia um total de 2.914 locais de votação, com 38.472 assembleias de voto no Chile e 116 em 64 países.
Que mudanças a nova Constituição forjou?
A nova Constituição, de 388 artigos e elaborada ao longo de um ano por uma Convenção Constitucional, defende um “Estado Social de Direito”, em resposta às demandas cidadãs nas marchas maciças de outubro de 2019, além de consagrar a plurinacionalidade indígena e estabelecer um novo catálogo de direitos sociais em saúde, educação e previdência, com forte ênfase no meio ambiente e na proteção de novos direitos.

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