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sexta-feira, 14 março, 2025

Vil e desprezível cercar Cuba e asfixiar seu povo, López Obrador

México (Prensa Latina) Oprimir politicamente os cubanos que estão no país contra o bloqueio é desumano, isolá-los e sufocá-los para fazê-los se rebelar contra seu governo é vil e desprezível, disse hoje o presidente do México.

Em resposta a uma pergunta de um jornalista britânico em sua entrevista coletiva matinal no Palácio Nacional sobre o caso de Cuba, o Presidente reiterou sua conhecida posição de condenação da política agressiva do governo dos EUA e sua reiteração à independência e soberania dos países.

Diante da evidente insistência do jornalista em fazer um pronunciamento crítico sobre Cuba, López Obrador repetiu a premissa da política externa de seu governo, expressa pelo presidente Benito Juárez, de que, entre indivíduos como entre países, o respeito aos direitos dos outros é paz.

O líder mexicano deixou seu interlocutor sem argumentos quando apontou que “ninguém tem o direito de levar um povo a se rebelar contra seu governo por meio dessas práticas, e o México respeita a não-intervenção, não estamos interferindo e queremos uma política externa que venha de longe”.

Pelo contrário, disse ele, as políticas em geral deveriam ser alteradas para que não houvesse represálias contra os governos que decidiram ter um sistema político particular de acordo com suas idiossincrasias, sua história e seus processos internos. Eu sinto, insistiu ele, que Cuba não deva ser sobrecarregada politicamente.

Para sufocar os cubanos que decidiram ficar em Cuba, que são contra o bloqueio, eu acho que é desumano isolar, asfixiar os outros, não pode ser um direito de ninguém, e fazê-lo através de práticas que levam um povo a se rebelar contra seu governo, é vil, disse ele.

Nós no México, ele lembrou, durante os tempos difíceis da pandemia de Covid-19, recebemos apoio de mexicanos que viviam e trabalhavam nos Estados Unidos, que aumentaram as remessas e isso significou uma grande ajuda para nosso povo.

Mas devido ao bloqueio estadunidense contra Cuba, os cubanos que decidiram viver e trabalhar lá, como os mexicanos, não podem enviar apoio às suas famílias, e isto não me parece ético ou humano, e não tem nada a ver com a fraternidade universal, criticou ele.

Se um mexicano ou um cubano decidir enviar apoio a seus parentes, compatriotas, eles devem ser livres para fazê-lo, mas os cubanos são impedidos de fazê-lo para ajudar um parente, um ser humano, e estas são medidas retrógradas, disse o presidente.

Ele denunciou que há uma barreira internacional da mídia contra Cuba, sem um equilíbrio mínimo para os cubanos responderem, e de qualquer jornal ou outra mídia eles atacam o povo e o governo.

E já o disse em outras ocasiões: após dois séculos da predominância de uma política americana de subjugação, para um país como Cuba ter a arrogância de se sentir livre e independente, só por esse fato, merece toda nossa admiração e respeito. E não gostamos, pontuou ele ao jornalista, de ser levados a compartilhar nossos pensamentos, porque pensamos por nós mesmos.

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