Moscou (Prensa Latina) O presidente russo, Vladimir Putin, analisa hoje nesta capital com seu homólogo azeri Iljam Aliyev e com a primeira-ministra armênia, Nicole Pashynian, a situação no entorno do enclave montanhoso de Nagorni Karabakh.
Em 10 de novembro de 2020, Putin, Aliyev e Pashynian concordaram remotamente com uma declaração conjunta que incluía o fim das ações militares entre a Armênia e o Azerbaijão em torno de Nagorni Karabakh e o destacamento de quase dois mil militares russos naquela região.
Além disso, as conversas vão discutir a perspectiva de um possível desbloqueio da atividade comercial e dos canais de comunicação naquela região, informou a assessoria de imprensa do Kremlin.
Putin também prevê encontros separados com Aliyev e com Pashynian, que enfrenta forte oposição dentro de seu país, pois o culpam por traição por aceitar as condições do acordo tripartite.
Em Yerevan, a televisão local informou que a polícia teve que bloquear o acesso à estrada que leva ao Aeroporto Internacional de Zvartnots para evitar a passagem de manifestantes que tentavam abortar a viagem do chefe do governo a Moscou.
A imprensa armênia, aqui citada, anunciou que Pashynian poderia levantar nas conversas a questão do retorno de prisioneiros e da evacuação de pessoas que morreram em combate durante o conflito, pontos previstos no comunicado divulgado em novembro.
O documento tripartite, além de referir-se ao contingente de paz formado por soldados russos, também estipula a passagem sob o controle azeri das regiões de Lachin, Agdam e Kalbadzhar, além de manter o controle sobre a histórica cidade de Shushi.
A Rússia também está encarregada de guardar o corredor Lachin, uma faixa de cinco quilômetros que liga a Armênia a Nagorni Karabakh, enquanto cria duas zonas de responsabilidade, o norte e o sul, onde implantou pelo menos 23 pontos de observação.
Em Stepanakert, a principal cidade de Nagorni Karabakh, o governo russo estabeleceu um centro multilateral de resposta humanitária.