Por Fernando Brito, em seu blog:
Bolsonaro, é claro, poderia ter usado uma máscara ou mesmo um capacete que encobrisse boca e nariz. Mas é claro que o gesto de aparecer sem máscara foi deliberado, parte da mise-en-scéne de super-homem que ele faz questão de simular.
É mais uma imagem – feita pela agência Reuters – que vai correr o mundo, como mais um retrato deprimente de nosso país, governado por um palhaço irresponsável que, carregado do vírus, não hesita em correr o risco de transmiti-lo a pessoas indefesas.
E faz isso no mesmo dia em que um estudo – amplo, criterioso e de repercussão mundial, pela publicação no New England Journal of Medicine – mostra, pela enésima vez, que a sua idolatrada cloroquina no tem efeito algum na terapia da Covid-19.
Pede-se ao menos que ele contamine seus cúmplices, não um pobre sujeito humilde, que está ali a deixar limpo um palácio habitado por um ser imundo.