Manágua, 3 nov (Prensa Latina) Nicarágua iniciou hoje o período de reflexão prévia às eleições gerais do próximo domingo para eleger seu presidente e vice-presidente, 90 deputados nacionais e 20 ao Parlamento Centro-Americano.
Previamente a este silêncio eleitoral, que se estende por 72 horas antes das votações, as alianças e partidos políticos tiveram até ontem a oportunidade de apresentar seus respectivos programas e propostas ao povo nicaraguense.
No geral, a campanha eleitoral desenvolveu-se com tranquilidade e afastada dos confrontos, violência e da estridência midiática e comercial em que se converteram muitos processos deste tipo no mundo. Todos os aspirantes organizaram seus atos sem restrição e conforme às normas estabelecidas, com a característica de que muitos candidatos, embora tenham feito uso dos meios de comunicação a sua disposição, optaram principalmente por um ativismo político de maneira direta.
Não obstante, grupos minoritários que chamaram à abstenção e, inclusive, segundo denúncias, promoveram o ingerencismo de governos e organismos internacionais, pretendem deslegitimar o processo.
Contudo, durante todo o processo se evidenciou o amplo respaldo com que conta para estas eleições a Frente Sandinista de Libertação Nacional (FSLN), liderada pela Aliança Unidade Nicarágua Triunfa, enquanto a oposição mostrou a carência de um projeto alternativo viável para os nicaraguenses.
Isso se refletiu em todas as pesquisas divulgadas ao longo do processo eleitoral, onde ficou claro que a FSLN domina o cenário político nacional, com 65% de simpatia, frente a 10% que alcança a oposição.
Às eleições de domingo estão convocados aproximadamente quatro milhões de nicaraguenses e participam 16 partidos políticos, dentre estes 11 de circunscrição nacional e 5 das regiões autônomas da região do Caribe.
Todos estão organizados em duas alianças eleitorais: a da FSLN e a do Partido Liberal Independente, além de quatro partidos nacionais e um regional.