Relato do longo e tortuoso relacionamento entre EUA e Cuba, desde de a Guerra Hispano-Americana, até o recente restabelecimento das relações diplomáticas.
MotherJones
Segue um breve retrato do longo e tortuoso relacionamento entre Estados Unidos e Cuba, desde de a Guerra Hispano-Americana, até o recente restabelecimento das relações diplomáticas.
1) Teddy Roosevelt ganhou notoriedade quando seus Rough Riders [apelido da 1ª Cavalaria Voluntária dos EUA] tiveram vitória na Batalha de San Juan Hill durante a Guerra Hispano-Americana. Acima, a Sexta infantaria se protege do fogo espanhol em San Juan Hill, julho 1898. – William Dinwiddie/Library of Congress
2) No final de 1898, Espanha e Estados Unidos assinaram o Tratado de Paris, que marca o fim da Guerra Hispano-Americana. Este cartaz de 1900 da campanha do Partido Republicano alardeia os benefícios da ocupação norte-americana em Cuba. Lê-se: “A bandeira americana não foi hasteada em sala estrangeiro para expandir terrítórios, e sim pelo bem da humanidade” – Wikimedia
3) Estudantes na fachada da Universidade de Havana com seus rifles em setembro de 1933. O presidente Gerardo Machado foi derrubado por um golpe em 1933 – AP
4) Em maio de 1934, o presidente cubano Carlos Mendieta (terceiro à esquerda) troca cumprimentos com o embaixador dos EUA, em Havana, após assinatura do Tratado sobre relações entre Cuba e os Estados Unidos, que assegurou os direitos norte-americanos sobre Guantanamo Bay – AP
5) Presidente cubano, Fulgencio Batista, com sua família. Batista foi eleito em 1940, dando início a um período de estreita cooperação entre Cuba e Estados Unidos. Ele deixou o cargo em 1944, mas em 1952 coordenou um golpe militar bem sucedido – Harold Valentine / AP
6) Com Batista de volta ao poder, Cuba se tornou um destino festivo para turistas americanos. Acima, uma trupe do Tropicana Night Club entretém passageiros durante rota Miami-Havana em 1953 – AP
7) Turista americano na Havana dos anos 50 – Constantino Arias / Wikipedia
8) Ernest Hemingway na sua casa em San Francisco de Paula, Cuba, depois de ter sido agraciado com o Prêmio Nobel de literatura (1954). O autor disse que “se deu ao luxo” e tomou uma bebida para comemorar – AP
9) Em julho de 1953, um grupo de revolucionários sob liderança de um jovem advogado chamado Fidel Castro atacou os quartéis de Moncada, em Santiago de Cuba. O ataque foi mal sucedido e Castro permaneceria preso até 1955 – AP
10) Depois da fuga para o México, Castro e seus companheiros insurgentes retornam a Cuba em 1956 para continuar a sua guerra civil contra Batista. Acima, os cubanos esperar para sacar dinheiro de um banco, em abril de 1958 – AP
11) Jovens rebeldes atravessam as ruas de Havana em janeiro de 1959 – AP
12) Jovem patrulhando Havana em janeiro de 1959. Depois de liderar a vitoriosa campanha de guerrilha nas montanhas de Sierra Madre, as forças de Castro derrotaram as tropas do governo e Batista fugiu do país – AP
13) Fidel Castro (à direita) adentra Havana com o companheiro revolucionário Camilo Cienfuegos, 8 de Janeiro de 1959 – Wikipedia
14) Pouco depois de assumir o poder, Castro visita Estados Unidos, Canadá e vários países da América do Sul e da Am[erica Central. Acima, Castro se reúne com Ed Sullivan – Harold Valentine / AP
15) Castro com W. A. Reiford, missionário de Oklahoma que veio a Havana para abrir um orfanato, em 1959 – AP
16) O herói revolucionário, Ernesto “Che” Guevara (no centro) conversa com Castro e com o então presidente cubano Osvaldo Dorticós em 1960 – Prensa Latina / AP
17) Em 1960, os Estados Unidos aprovaram um embargo comercial sobre Cuba. No ano seguinte, eles fecharam a embaixada em Cuba, formalmente encerrando as relações diplomáticas entre os dois países. Acima, a bandeira americana é enrolada enquanto a embaixada dos Estados Unidos em Havana se prepara para encerrar suas atividades – AP
18) Em 13 de setembro de 1962, o presidente John F. Kennedy declara que os Estados Unidos estarão “em alerta e plenamente preparados” para lidar com qualquer ameaça de Cuba apoiada pelos soviéticos. Um mês depois, a Crise dos Mísseis manteria Estados Unidos, Cuba e União Soviética à beira da guerra por 13 dias – AP
19) A polícia dispersa manifestantes anti-Castro em Nova York, setembro de 1963. O cartaz inscreve “Sem liberdade de expressão para traidores vermelhos” – AP
20) Seqüestros entre Estados Unidos e Cuba chegaram ao seu auge no final dos anos 1960. Acima, um avião de passageiros sequestrado por cubanos retorna a Miami em julho de 1968 apenas com a tripulação a bordo – AP
21) Os sequestros levaram alguns políticos a uma tentativa de reabrir as comunicações entre os dois países. Acima, os senadores Jacob Javits e Claiborne Pell visitam Castro em Havana, Setembro de 1974 – Charles Tasnádi / AP
22) Presidente Jimmy Carter é cercado por repórteres, em março 1977, depois de anunciar que seu governo proibiria viagens a Cuba. No mesmo ano, EUA e Cuba abriram “seções de interesse” para facilitar a comunicação entre os países – AP
23) Refugiados a caminho da Florida esperam a bordo de um barco no porto de Mariel, Cuba, em abril de 1980. Esse fenômeno ficou conhecido como o Êxodo de Mariel, em que 125 mil cubanos deixaram o país – Jacques Langevin / AP
24) O reverendo Jesse Jackson se encontra com Castro e outros funcionários cubanos em Havana, junho de 1984 – J.Scott Applewhite / AP
25) As relações EUA-Cuba esfriaram sob os presidentes Reagan e Bush. Em Outubro de 1992, o presidente George H. Bush assinou legislação que intensificava o embargo sobre Cuba. Ele disse que a lei “aceleraria o inevitável fim da ditadura cubana de Castro” – Ron Edmonds / AP
26) Em agosto de 1994, Castro sinalizou que quaisquer cubanos que desejassem deixar o país eram livres para assim fazê-lo. Mais de 30 mil pessoas navegaram em balsas improvisadas. – Jose Goitia / AP
27) Elián González foi resgatado de naufrágio em alto mar, enquanto sua mãe tentava levá-lo para os EUA, em 1999. A administração Clinton ordenou que Elián fosse devolvido a seu pai em Cuba e enviou agentes para retirá-lo da casa de seus parentes em Miami. Em 2013, Elián descreveu seu tempo nos Estados Unidos como “um momento muito triste para mim” – Alan Diaz / AP
28) Após os atentados de 11 de setembro e o início da guerra no Afeganistão, um campo de detenção para “combatentes inimigos” foi estabelecido na base naval norte-americana na Baía de Guantánamo. Acima, guardas militares escoltam prisioneiro de Guantánamo para interrogatório, em março de 2002 – Andres Leighton / AP
29) Como parte do acordo de dezembro de 2014 para normalizar as relações entre os EUA e Cuba, o governo aprovou uma troca de prisioneiros, incluindo os três membros restantes dos “Cinco cubanos”. Acima, os “Cinco cubanos”, Gerardo Hernández, Fernando González, Antonio Guerrero, René González e Ramón Labañino, logo após um comício em Havana, no 20 de dezembro de 2014 – Ramon Espinosa / A
30) Como parte do acordo, Cuba libertou Alan Gross, funcionário norte-americano que estava preso desde 2009. Acima, Gross voa de volta para os Estados Unidos com sua esposa em 17 de dezembro de 2014. Em 20 de julho de 2015, os Estados Unidos reabriram sua embaixada em Cuba – Lawrence Jackson / Casa Branca
Tradução por Allan Brum de Oliveira
Tradução por Allan Brum de Oliveira
Créditos da foto: reprodução