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sexta-feira, 29 março, 2024

VERGONHA! VERGONHA! VERGONHA!

Pedro Augusto  Pinho*
Explode, como a pústula que verdadeiramente é, o símbolo político da elite brasileira. Aquele que não se constrangeu, diante de um corruptor, em afirmar que matava o eventual denunciante.
Já seria grave, gravíssimo, se parasse por aí. Mas este político, com 30 anos em atividade na vida pública brasileira, conhecido por falcatruas, comportamento irregular, uso de drogas, ajuizou ação no Superior Tribunal Eleitoral “só para encher o saco” do Partido dos Trabalhadores (PT). E com sua total irresponsabilidade ajudou agentes estrangeiros na destruição da economia, da engenharia e da democracia brasileira. Haja traição!
Surgem então, pois não havia como permanecer escondidos, a conta no Liechtenstein e o aeroporto, construído com dinheiro público, em terras de familiares e que está na rota do tráfico de drogas (o aeroporto de Claudio, Minas Gerais, é de uso particular, controlado pela família de Aécio Neves). Também  parte do dinheiro extorquido, conforme gravação do empresário pagante, é entregue a emissário do amigo ou companheiro ou sócio talvez, Zeze Perrella, de todos conhecidos pelo heliococa. Haja coincidência!
E prossegue, causando vergonha e mal-estar a quem não seja coxinha, cão de guarda ou capitão-do-mato desta elite brasileira, com a absolvição, pelo juíz Sergio Moro, da senhora Eduardo Cunha, usuária de conta no exterior, provida por atos de corrupção. Alega aquele magistrado, que para alguns é um agente do Departamento de Estado dos Estados Unidos da América (EUA), demonstrando conhecimento do íntimo da alma de Cláudia Cruz Cunha, que seus gastos, ostentosamente agressivos para um país onde se passa fome, não revelavam dolo (sic). Mas sabe, por outro lado, contrariando a legislação em vigor, manter processo contra a falecida Marisa Letícia Lula da Silva. Haja isenção!
Tentemos entender o absurdo das ações dos emissários, dos paus-mandados desta elite. Se todos reconhecem ser o Brasil um país de grandes desigualdades sociais, onde a maioria absoluta da população luta tão somente pela sobrevivência e, quando chega ao limite da própria existência, em reação humanamente normal, explode em reivindicações, o que significa “manter a ordem pública”. Reprimir aqueles que não tem voz nos poderes. Assassinar cruelmente a petição dos que não podem vocalizar suas queixas, suas dores. E o que vimos pelas redes da internet neste movimento de milhares de pessoas em Brasília, neste maio, pedindo eleições diretas? Agentes das forças públicas, policiais uniformizados, destruindo vidraças de estabelecimentos comerciais, outros infiltrados entre manifestantes para insuflar a repressão de seus colegas, todos, obviamente, cumprindo “ordens superiores”. Como há um século e meio, declamou o poeta condoreiro: “é infâmia de mais!”.
Precisamos lutar por nova constituição. Elaborada por todas as populações brasileiras, com o peso de cada uma na formação do País. Não mais uma constituição de banqueiros, empresários e bacharéis, mas uma constituição de trabalhadores, de operários, de camponeses, de pretos e índios, de quem forma verdadeiramente o Brasil e produz suas riquezas. Diretas já com a constituinte popular!
Pedro Augusto Pinho, avô, administrador aposentado.

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