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quinta-feira, 28 março, 2024

Venezuela nega visita da Comissão Interamericana de Direitos Humanos

Caracas, (Prensa Latina) A visita de uma delegação da Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) à Venezuela gera hoje rejeição no país como um ato de interferência nos assuntos internos.
O vice-chanceler venezuelano William Castillo repudiou a esse respeito o pronunciamento do deputado da oposição Juan Guaidó – capitão da Assembleia Nacional (com desprezo) – que descreveu como violação dos direitos humanos o impedimento da entrada da CIDH na nação bolivariana.

‘Com todo o dinheiro que os gringos lhe dão, contrate bons advogados e bons redatores. Essa resposta é lamentável e demonstra sua ignorância reconhecida (reconhecida por 193 países) em questões legais e de direitos humanos’, escreveu Castillo na rede social Twitter.

Recentemente, o ministro das Relações Exteriores Jorge Arreaza negou o convite do governo venezuelano à CIDH para visitar o país.

‘Esta é a comunicação esclarecedora enviada à CIDH em 27 de janeiro. A Venezuela não é membro da OEA. O governo da República Bolivariana da Venezuela não convidou nem aceitou a visita de nenhuma delegação da CIDH. A visita anunciada na mídia não está autorizado ‘, escreveu Arreaza no Twitter.

Junto com a mensagem, a comunicação dirigida pelo agente do Estado venezuelano ao Sistema Internacional de Direitos Humanos, Larry Devoe, também foi divulgada ao Secretário-Executivo da CIDH, Paolo Abrao, no qual lembra que em 27 de abril de 2019 o governo bolivariano se retirou formalmente da Organização dos Estados Americanos.

De acordo com o texto, a Venezuela ignora e não atribui valor jurídico às ações realizadas perante a OEA e a Comissão Interamericana por pessoas que usurpem a representação legítima do país, em conformidade com as normas do direito internacional e da Constituição da República.

Anteriormente, movimentos sociais e outras organizações também rejeitaram a visita da CIDH, denunciando que sua presença na Venezuela visa impedir o processo de diálogo entre os principais atores políticos do país e contribuir para gerar tensões e conflitos em benefício dos setores minoritários da oposição.

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