Genebra, (Prensa Latina) O presidente venezuelano Nicolás Maduro denunciou nesta segunda (22) no Conselho de Direitos Humanos da ONU o impacto do bloqueio econômico contra seu país e o obstáculo que representa na luta contra a Covid-19.
Enfrentamos uma agressão econômica multidimensional, que ignorou os apelos das Nações Unidas e do povo venezuelano para deter essas ações em tempos de pandemia, advertiu.
Segundo Maduro, por meio das chamadas sanções, eles despojaram o país sul-americano de pelo menos 30 bilhões de dólares, o que ajudaria a fazer frente a saúde e aos direitos integrais do povo.
Os sequestradores demonstram grande crueldade no cenário atual da Covid-19, frisou.
Nesse sentido, destacou os recentes apelos da Relatora Especial para os Direitos Humanos, Alena Douhan, que esteve em Caracas este mês, para acabar com a mencionada política por suas consequências devastadoras para a população.
Maduro assegurou que apesar de tanta hostilidade, a Venezuela conseguiu mitigar e controlar a pandemia, com base nas medidas de proteção social aplicadas e seu sistema público de saúde gratuito.
Ele também destacou o uso de recursos científicos que colocou à disposição da comunidade internacional frente ao coronavírus SARS-CoV-2, causador do Covid-19.
O presidente da Venezuela defendeu o multilateralismo como instrumento para enfrentar os desafios globais e reiterou que o bloqueio e os ataques não impedirão os programas de seguridade social ou a cooperação com o sistema das Nações Unidas.
Sobre o desejo de Caracas de trabalhar com os diversos atores do Conselho de Direitos Humanos, insistiu que seu país não aceitará a interferência de ‘mecanismos inquisitoriais que buscam usar a justa causa dos direitos humanos para impor uma mudança de regime’.