La Paz, (Prensa Latina) O secretário geral da Associação Latino Americana de Integração (Aladi), Alejandro da Peña, destacou hoje aqui o impacto que terá na América do Sul do Corredor Ferroviário Bioceânico de Integração.
O servidor público, que realiza uma visita oficial desde a terça-feira passada para avaliar os resultados da Expo Aladi 2017 realizada na Bolívia, sublinhou que esta obra fará da América do Sul uma região bioceânica.
Segundo o projeto o corredor partirá do oeste da América do Sul, no porto peruano de Ilo e, depois de percorrer o centro da Bolívia, terminará no porto brasileiro de Santos.
Batizado como o Canal de Panamá do século XXI, na execução desta obra estarão envolvidos países como Alemanha, Suíça e Espanha e o investimento se estima em uns 10 bilhões de dólares.
A Bolívia já assinou memorandos de entendimento com o Brasil, o Peru, o Paraguai e o Uruguai sobre este tema.
‘Isso vai permitir, a nível da região, participar de uma maneira mais eficiente nas correntes globais de valor, nas correntes de abastecimento para poder atender tanto o este como o oeste sem que tenhamos uma linha, como foi o tratado de Tordesillas (assinado o 7 de junho de 1494) há muitos séculos’, significou Da Peña.
Assim mesmo, realçou o impacto econômico positivo do Corredor e assegurou que a conexão que implica ‘rompe práticas anticompetitivas’.
Na semana passada o ministro de Obras Públicas, Milton Claros, assegurou que o Corredor Ferroviário Bioceânico de Integração tem rentabilidade garantida, pois transportará anualmente ao menos 55 milhões de toneladas de cargas.
Só Mato Grosso do Sul, no Brasil, prevê exportar no próximo ano 35 milhões de toneladas de mercadorias as quais, somadas aos cinco milhões da Bolívia e as produzidas pelo Peru, facilmente chegarão aos 55 milhões e com esses estudos temos um projeto muito rentável, precisou.
Este projeto foi considerado uma obra de interesse regional na reunião do Mercado Comum do Sul celebrada na Argentina em 2017.
Claros confirmou a celebração no próximo primeiro de junho de uma reunião entre ministros de Transporte e Obras Públicas dos países envolvidos nesta obra, nos predios da União de Nações Sul-americanas, no departamento boliviano de Cochabamba.
Neste encontro, disse, as autoridades trabalharão no cronograma e regulamento da Secretaria Técnica, que está presidida pela Bolívia, e analisarão o tema do financiamento.
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