Rússia, Irã e Turquia retomam tema da Síria em Astaná

A primeira reunião nesta cidade do grupo tripartite, para regular o regime de cessar das hostilidades, analisa os detalhes de como pôr em prática esse mecanismo, criado nas mesas de diálogos nos dias 23 e 24 de janeiro passado entre grupos armados e o governo sírio.

O ministro cazaque de Relações Exteriores, Kairat Abrajmanov, esclareceu na sexta-feira passada que o encontro desta jornada tem caráter técnico e será uma continuação do ‘processo de Astaná’, estabelecido para buscar uma saída política ao conflito sírio.

As reuniões do grupo operacional conjunto terão um caráter regular nesta cidade, adiantou o Ministério russo de Defesa, cuja força aérea atua na Síria desde finais de 2015 contra formações terroristas como o Estado Islâmico e a Frente al Nusra.

Além do cessar das hostilidades, os especialistas analisam as medidas de controle para impedir qualquer violação da trégua, estabelecida em 30 de dezembro último, as tarefas humanitárias e o aumento da confiança mútua entre as partes em conflito.

A iniciativa do encontro nesta cidade foi proposta em dezembro pelo presidente russo, Vladimir Putin, depois da libertação da parte oriental da cidade de Alepo e a coordenação para evacuar da localidade cerca de 30 mil irregulares e seus familiares.

Moscou, Ancara e Teerã acordaram em dezembro unir esforços para levar a uma mesma mesa de negociações chefes de agrupamentos armados e representantes do executivo sírio.

Ainda que o diálogo direto entre as partes em conflito tenha sido impossível, o esquema de Astaná foi considerado como a primeira tentativa concreta para uma negociação dirigida a deixar de lado a guerra.

Nas conversas de finais de janeiro passado, Rússia, Turquia e Irã foram garantidores do cessar das hostilidades, junto a representantes da ONU.