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sábado, 20 abril, 2024

Presidente uruguaio anuncia taxação de grandes rendas

O presidente do Uruguai, Tabaré Vázquez, anunciou, nesta segunda-feira (23), medidas de ajuste que afetarão só aos setores de maior rendimento e ratificou a decisão de seu governo de cumprir as políticas sociais prometidas.

Em declarações aos jornalistas no momento de sua chegada à cidade de Batlle e Ordóñez, no departamento de Lavalle e onde o Conselho de Ministros se encontra aberto, o mandatário considerou que a filosofia política do Executivo ao longo da última década é a de estar “ao lado dos que mais precisam”.

Apontou que a Prestação de Contas que se apresentará ao Parlamento procura, antes de mais nada, ser uma ferramenta para poder seguir adiante com o compromisso assumido na campanha eleitoral que o conduziu ao cargo.

Segundo o representante, esse processo tem algumas modificações que permitem “assegurar e desenvolver o país na direção que queremos”.

“Eu tinha me comprometido que baixassem os impostos, vão baixar”, disse Vázquez e acrescentou que outros vão ser ajustados “para que pague mais quem tem mais”.

Nesse sentido, recordou sua promessa de não pôr novos encargos, salvo o imposto de Primária para os setores rurais que já estava preenchido.

Vão se alterar de maneira muito sutil algumas das faixas do Imposto de Rendas das Pessoas Físicas, a faixa superior, afirmou, e acrescentou que 80 por cento deste modesto aumento impositivo vai atingir só 10 por cento da população que tem maiores recursos.

“Temos que fazer alguns ajustes na linha que sempre propusemos, quem tem mais que pague mais, quem tem menos que pague menos”, reforçou, e adiantou que a carga impositiva começará a partir de 1 de janeiro de 2017.

Também anunciou que o resto da população vai ter uma queda impositiva através do Imposto ao Valor Agregado, o qual se reduzirá dois pontos percentuais.

Interrogado sobre as críticas assinalou que “era esperável este tipo de oposição” ainda que não tivessem aumentado nenhum imposto, nem tributado moderadamente aos que têm mais rendimentos.

Ao se referir às políticas fiscais, disse que se deve tratar de manter os equilíbrios macroeconômicos fundamentais para garantir o crescimento do país.

O governante uruguaio considerou que os investimentos catapultaram o progresso e as melhores condições de vida do povo.

As políticas sociais – indicou – vão continuar em sua totalidade e os compromissos com os trabalhadores da educação pública, os fundos destinados às intendências no interior do país, além das políticas vinculadas à educação e moradias.

Fonte: Prensa Latina

 

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