San José, 5 mai (Prensa Latina) Integrantes de grupos sociais da Costa Rica farão hoje uma manifestação pela Colômbia em frente à sede da Corte Interamericana de Direitos Humanos contra os abusos policiais naquele país andino.
Nesta terça-feira, os grupos sociais endossaram um comunicado denunciando os graves acontecimentos que afetam a Colômbia social, política e economicamente, o que – afirma – merece atenção urgente e intervenção dos organismos internacionais competentes.
Apoiado por Nodo Costa Rica-Colômbia Humana, a Associação de Vítimas Ecos de Colombia- Migração e Refúgio e o Comitê de Solidariedade com as Vítimas de Violência na Colômbia, entre outros, o texto exige respeito ao direito de protesto e liberdade de expressão do povo colombiano.
‘Fazemos um apelo urgente e veemente a todo o mundo para apoiar o justo grito que encarna o inconformismo popular’, sublinhou o texto das organizações solidárias ticas.
Afirmou que as expressões cidadãs, sindicais e políticas, que se manifestam com força nas ruas e nos campos da Colômbia, são fruto de motivos fundados, negligenciados e / ou ridicularizados pelo Presidente Iván Duque e pela Executiva Nacional de maneira repetida e sistematizada.
Apesar de o presidente Iván Duque ter anunciado que retiraria o projeto da Reforma Tributária, também ordenou ao Exército que saísse às ruas para reforçar, junto com a polícia, a contenção dos protestos sociais, afirma o texto.
Essa militarização do país, detalha, corresponde a uma nova violação da ordem constitucional e jurídica e gera novos riscos para o já deteriorado clima de violações coletivas do direito à vida, à liberdade e à integridade.
‘Exigimos urgentemente a ajuda da comunidade internacional para promover ações de vigilância e monitoramento da grave crise humanitária sofrida pela população colombiana em decorrência do não cumprimento dos compromissos assumidos no Acordo de Paz’, assinala.
Em particular, continua solicitando ao Estado colombiano que ponha fim às violações de direitos humanos derivadas do tratamento repressivo da mobilização e do protesto social.