Em sua resolução, a instituição afirma que as aulas presenciais em todos os níveis de ensino se mantêm suspensas no país e o programa a ser desenvolvido se baseia no Plano Aprendemos Juntos em Casa, implementado pelo Ministério de Educação.
A respeito, explicou que inicialmente o projeto piloto de volta às aulas se aplicaria nos colégios Alemão Humboldt das cidades de Guayaquil e Samborondón, bem como no Balandra-Cruz do Sur, as três na província Guayas.
Os pais de família e representantes dessas instituições decidirão, de forma voluntária, a volta presencial dos estudantes, enquanto as Mesas Técnicas Nacionais ‘Educação em Emergência’ e ‘Saúde’, realizarão o monitoramento quinzenal do plano piloto e repassarão informarão de sua implementação ao COE Nacional.
Segundo estabeleceu o Comitê, as escolas interessadas em ser parte do plano deverão apresentar a proposta à instância nacional, que será revisada e procederá se não haver observações.
‘É importante explicar à cidadania que isto não significa que todas as instituições educativas do país retornarão às aulas presenciais’, enfatizou o Ministério de Educação.
No entanto, a governadora de Guayaquil, Cynthia Viteri, mostrou completa discórdia com a iniciativa e, além disso, proibiu a abertura de centros docentes no Porto Principal, como a cidade é conhecida.
Categoricamente, Viteri garantiu que em sua cidade não se estabelecerá nenhum plano piloto e a determinação foi ratificada em reunião do COE local.
‘A decisão de que não se abra nenhum centro educativo, nem escola, nem colégio, nem tecnológico, nem universidades é inalterável. Centro que desobedescer esta decisão, simplesmente será fechado e multado. Há que proteger as crianças, os jovens e os adultos que ficam em casa’, advertiu.
Além de Viteri, pais e docentes consideram inapropiada a reabertura de colégios, mesmo que estiverem garantidos protocolos de biossegurança, crítica à qual se somaram a União Nacional de Educadores e a Rede de Professores, quem argumentam que o forte recorte orçamental no setor obstaculizará a efetividade das disposições biossanitárias.
Todos concordam que o retorno de crianças e jovens às escolas colocaria também seus familiares em risco e a ideia é evitar uma explosão de casos da nova cepa de coronavírus em Guayaquil, onde em março e abril passado apareceram centenas de mortos nas ruas, casas e na rede hospitalar colapsou.
Milhares de falecidos foram reportados e para controlar a situação, o governo foi obrigado a criar uma unidade especial para recolher cadáveres abandonados em artérias da cidade.
Desde junho, Guayaquil começou uma desaceleração no ritmo de contágios e mortes e a ideia é manter essa tendência, após a crise humanitária vivida, que colocou a cidade na mídia internacional.
Como resultado da situação, as autoridades nacionais receberam críticas pelo que muitos chamaram de má gestão da emergência sanitária e, agora, o novo ponto polêmico é a educação, quando as aulas estão por começar no próximo dia 1 de setembro em La Serra e na Amazonía, enquanto na Costa e em Galápagos começaram de forma virtual já no dia 15 de julho.
Além da condenação ao plano piloto, na educação também há a polêmica de pais de famílias que discordam com o sistema de pagamentos de matrículas e mensalidades em escolas privadas, muitas das quais mantêm os valores do ano passado, apesar da crise econômica que afeta diversos núcleos, devido à propagação da Covid-19.