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quarta-feira, 17 abril, 2024

Ouro e dívida nula protegeriam Rússia no apocalipse econômico pós-coronavírus, diz especialista

ANÁLISE

A pandemia do coronavírus rebentou uma bolha financeira de US$ 1 quatrilhão (R$ 5 quatrilhões), sendo de esperar um período de recuperação prolongado, prevê especialista.

Max Keiser, especialista e comentador da mídia RT, acredita que a crise financeira que se avizinha, profunda e longa, teve sua origem nas políticas “neoliberais” da época de Ronald Reagan e Margaret Thatcher “que enriqueceram banqueiros e destruíram trabalhadores, dando aos banqueiros liberdade para mutuar e especular sem supervisão ou responsabilidade”, disse Keiser à RT.

Agora, os governos terão que se ajustar a uma nova realidade. Ter uma dívida baixa e reservas maciças pode ser o trunfo, opina o antigo corretor de Wall Street, agora no serviço da RT, dando como exemplo a Rússia.

“A Rússia tem a melhor mão na mesa de pôquer geopolítica. O Kremlin, durante 20 anos, tem feito o oposto de todos os outros, reduzindo sua dívida nacional a quase zero e comprando milhares de toneladas de ouro, ao mesmo tempo que eleva o nível de vida”, disse Keiser.

Moscou tem vindo a aumentar suas reservas de ouro e de divisas estrangeiras nos últimos anos como forma de proteger a economia contra turbulências econômicas a nível global.

De acordo com os últimos dados publicados pelo banco central da Rússia, as reservas ultrapassaram recentemente US$ 580 bilhões (R$ 2,91 trilhões).

“A Arábia Saudita, pelo contrário, está com problemas fiscais profundos e seus problemas serão enormes”, disse Keiser, para quem os EUA vão reviver a experiência da Grande Depressão.

Contudo, mesmo tendo “os Estados Unidos um ‘jeitinho’ para se livrarem dos problemas”, as medidas que estão sendo adotadas para evitar que o coronavírus se espalhe poderiam dificultar os esforços de combate à crise nos EUA, concluiu Keiser.

As opiniões expressas nesta matéria podem não necessariamente coincidir com as da redação da Sputnik

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