Santiago de Cuba, 1 dez (Prensa Latina) Os mais de mil quilômetros que somará o percurso das cinzas de Fidel Castro serão o último dos abraços físicos do líder à Ilha, que tantas vezes percorreu em sua alongada geografia.
Desde a saída de Havana, os despojos mortais têm estremecido cada local e evocam a presença de Fidel durante décadas de luta revolucionária, de encontros com seu povo em fábricas, escolas, plantações, onde confraternizou com os mais humildes dos cubanos.
Em sua passagem por cidades pelo ocidente e o centro, abrigam ao cortejo fúnebre milhares de homens, mulheres e crianças e ainda que Piñar del Río, a Ilha da Juventude e Guantánamo não estão incluídos diretamente na travessia, por óbvias razões, seus representantes estiveram e estarão em duas concentrações em massa.
De tal modo, a história cubana mais recente foi revisitada e têm-se reavivado muitas de suas metas, como as relacionados com aquela caravana da liberdade que ele encabeçou depois do triunfo do Exército Rebelde sobre as tropas de Fulgêncio Batista no Primeiro de Janeiro de 1959.
Nesta viagem à Cuba profunda, para além dos espaços terrenos, há sobretudo um itinerário interior ao mais profundo do devir nacional e, mais importante ainda, para a consciência da cada um dos comprometidos com a enorme responsabilidade de perpetuar seu legado.
As circunstâncias lutuosas fizeram aflorar poesias e canções, muitas delas de perene acompanhamento durante décadas de cotidiano revolucionário e nascidas da sensibilidade de artistas de cubanos ilustre e outros, anônimos.
Uma estela de admiração e carinho deixa ao afastar-se a triste caravana; ante a última convocação de Fidel, como rezava, parafraseado, o título daquela novela soviética, não há indiferentes. Como não o teve aos conformes do flautista da fábula infantil.