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quarta-feira, 17 abril, 2024

O PODER É PARA AS NECESSIDADES DE POUCOS E O EMPOBRECIMENTO DE MUITOS

Exploração burguesa só desaparecerá com a ruptura e o modelo da opressão existente

Sergio Jones*
Sociedade desigual onde impera as formas combinadas de opressão, mecanismos de exploração, classe alta formada por determinados segmentos de funcionários e outros apaniguados como as várias denominações religiosas existentes que contam com relativa autonomia política e econômica; grupo de classe constituído por proprietários de terra que representam grupos familiares bem estabelecidos tradicionalmente e que historicamente dependem de acordos com os podres poderes visando garantirem a posse extensiva de terras nas formas de tributos e taxas que pesam especialmente nos ombros do campesinato. Além da existência de comerciantes que ocupam funções no mercado importador-exportador.
O latifúndio cresce em prejuízo das pequenas propriedades comunitárias, uma espécie de característica do sistema. A produção agrícola não se orienta a partir das necessidades das famílias, mas sim, a partir das exigências de mercado. Tudo isso coroado por um complexo de sistema de cobranças, endividamentos e execuções colocam a engrenagem social para funcionarem favor de uns poucos privilegiados, duplicando as formas de exploração. Enquanto parte da elite parasitária consolida um estrato social colaboracionista com acesso às formas de acumulação de riqueza o que inviabiliza qualquer coesão social de resistência e autonomia.
O endividamento sistêmico do campesinato e do proletário, como um todo, fortalece os grandes proprietários (agronegócios). Os muitos impostos fazem com que diminuam a rentabilidade tradicional o que tem ampliado as formas de pobreza, endividamento, doenças… O que se constata é que o enriquecimento de poucos implica no aviltamento e empobrecimento das massas. O leitor deve estar pensando que estamos a nos referir ao cotidiano de nós brasileiro. Pode até haver muita similaridade, o que é fato. Mas na verdade estou me reportando ao século I da era comum na conjuntura da Palestina ocupada pelo Império Romano. Como podemos constatar, e as evidências empíricas demonstram independente de época, somente com a ruptura deste modelo e modos de opressão se pode anunciar o fim desta prática que obedece de forma insana a uma lógica perversa exercida secularmente por uma elite apátrida, voltada unicamente para a sua avareza espiritual e material.
*Sérgio Jones é Jornalista

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