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sexta-feira, 19 abril, 2024

O menino que sobreviveu: história do ‘símbolo do sofrimento de Aleppo’

© REUTERS/ Mahmoud Rslan
O pai do menino Omran Daqneesh, cuja foto se tornou o símbolo do estado trágico das crianças na cidade síria de Aleppo em 2016, disse que os militantes exageraram a gravidade das feridas de seu filho, usando suas fotos com objetivos interesseiros.
Tropas sírias atacam posições do Daesh perto da cidade de Al-Zabadani, Síria
© SPUTNIK/
Segundo contou Mohammad Kheir Daqneesh, sua família estava em plena confusão “por causa dos militantes e dos problemas causadas pela propaganda deles”.
Após o ataque aéreo, os militantes entraram na casa da família e começaram filmando o menino, levando-o depois ao hospital apenas para tirar fotos, especifica o pai.
“Eu estava ocupado, salvando a família, enquanto eles estavam filmando minha família saindo de casa para depois usar essas imagens como propaganda”, disse ele em entrevista à agência de notícias vídeo do canal RT.
Mohammad Kheir Daqneesh acrescentou que agora seu filho está bem e que ele tinha apenas ferimentos ligeiros.
Avião da coalizão internacional liderada pelos EUA
© AFP 2017/ US NAVY / MC2 JACOB G. SISCO
A história do menino gerou discussões após algumas mídias terem publicado o vídeo do Centro Médico de Aleppo sobre a salvação do menino, cuja casa foi destruída num bairro controlado pelos militantes. As imagens do pequeno Omran em estado de choque se espalharam rapidamente pelas redes sociais. Em relação à história, o diretor executivo do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF, na sigla em inglês), Anthony Lake, apelou para “pôr fim ao pesadelo” em que estão vivendo mais de 100 mil crianças em Aleppo. Citando os ativistas do centro, a mídia informou que a casa tinha sido destruída por ataques aéreos lançados pela Rússia.
O porta-voz do Ministério da Defesa da Rússia, major-general Igor Konashenkov, refutou as informações da mídia estrangeira sobre o suposto ataque aéreo contra o bairro al-Qaterji, em Aleppo, lançado em 17 de agosto de 2016. Ele sublinhou que os aviões da Força Aeroespacial da Rússia que operam na Síria nunca atacam alvos que estejam dentro de povoações.

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