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quarta-feira, 27 março, 2024

O ANTIPETISMO NÃO PODE SER MAIOR DO QUE A VONTADE DE VIVER 

Ricardo Mezavila*

Com Lula oficialmente no páreo, o quadro da disputa presidencial começa a ser redesenhado. Na verdade não chega a ser um retrato novo, mas uma carga maior de tinta nos velhos traços conservadores.

O ANTIPETISMO LUNÁTICO E O ANALFABETISMO POLÍTICO: Mobilizado pela  extrema-direita, a ideologia da demonização do lulopetismo é uma  falsificação histórica e uma abominação ética – A CASA DE VIDRO

A imprensa vem tratando a possível candidatura de Lula como sempre, com ironias, ameaças veladas e distorções da história. Como fez a Folha de São Paulo ao comparar a frase de Romero Jucá de 2016: “Estancar a sangria, com o Supremo, com tudo”, com a atual situação jurídica de Lula.

A imprensa continua fazendo o papel de enganar a opinião pública. Na Globo News sempre aparece um comentarista cobrando autocrítica do PT, como se o PT precisasse negociar, Ad infinitum, sua imagem com a sociedade, como se não houvesse estatísticas para provar os benefícios e a prosperidade nos governos Lula e Dilma.

Todas essas manobras visam impedir que Lula dispare nas pesquisa, que se construa o conceito na população de que foi injustiçado, e que somente ele reúne as condições necessárias para tirar o país da crise.

Enquanto Lula cresce, o presidente Bolsonaro cai nas pesquisas de intenção de voto e cresce em rejeição. Em live usou de baixaria ao ler a carta de um suposto suicida que cometeu o ato por conta do lockdown, Eduardo Bolsonaro expôs o corpo nas redes.

Enquanto isso as mortes por Covid-19 assustam a cada dia, o Brasil responde por 23% das mortes no mundo, o Ministério da Saúde é ineficiente e incapaz de dar uma resposta efetiva de combate à pandemia, o Ministro da Economia é um catador que vende papéis no mercado, a democracia sofre constantes ameaças e uma ruptura institucional é cada vez mais possível.

Com a presença de um Lula conciliador nas pautas dos jornalões e nos noticiários da TV, apesar dos comentários enviesados, pode ser que o antipetismo perca força e a sociedade, enfim, perceba que a melhor alternativa é viver.

*Ricardo Mezavila é escritor, Pós-graduado em Ciência Política, com atuação nos movimentos sociais no Rio de Janeiro.

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