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quinta-feira, 25 abril, 2024

Maioria da oposição analisará acusação contra o presidente do Chile

Santiago do Chile (Prensa Latina) Três deputados da oposição e duas autoridades foram selecionados hoje para integrar a comissão que analisará uma acusação constitucional contra o presidente Sebastián Piñera.
A denúncia, apresentada ontem por 11 deputados da oposição, baseia-se na responsabilidade política do presidente diante da forte repressão das forças policiais contra manifestações pacíficas desde 18 de outubro e as subsequentes violações dos direitos humanos.

A comissão, escolhida por sorteio na Câmara dos Deputados, foi integrada por Gastón Saavedra, do Partido Socialista; Boris Barrera, comunista; Daniel Verdessi, da Democracia Cristã; e Sofía Cid e Gastón von Mühlenbrock, da coalizão de partidos de direita Chile Vamos.

Agora seus membros devem analisar os argumentos da acusação, coletando as avaliações e critérios de especialistas e da sociedade civil, bem como a defesa designada pelo presidente, e elaborar um relatório que deve ser submetido à sala com uma recomendação não vinculativa, se a acusação deve ser aceita ou não.

Paralelamente à acusação contra Piñera, outra comissão da Câmara também analisa um processo semelhante contra o ex-ministro do Interior Andrés Chadwick, por sua responsabilidade política pela repressão desencadeada pelo Exército e pela Polícia durante o estado de emergência.

Isso foi decretado nos dias imediatos após o surto social de 18 de outubro passado, que deu origem a um movimento de protesto sem precedentes em demanda de profundas mudanças para o país e contra o modelo neoliberal existente no Chile.

Nesta quarta-feira, quando perguntado pela imprensa, Piñera disse que a acusação não tem fundamento, porque o país precisa trabalhar pela paz e pelo bem-estar dos chilenos, embora ele não tenha se referido à questão dos direitos humanos, de cuja violação é responsável.

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