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sexta-feira, 19 abril, 2024

Mães de Praça de Maio lideram outra Marcha de Resistência

Buenos Aires, 29 nov (Prensa Latina) As Mães da Praça de Maio lideraram hoje outra marcha de resistência intitulada O amor pode mais que o ódio, uma espécie de vigília na qual darão as boas-vindas ao novo governo de Alberto e Cristina Fernández.
Marcharemos de maneira ininterrompida para dizer: Tchau Macri. Das 18:00 hora desta sexta-feira até as 18:00 de amanhã. Veem marchar junto com as Mães e fazer parte da história, convocaram no dia anterior estas mulheres guerreiras que após 40 anos da ditadura militar (1976-1983), seguem de pé, lutando.

Assim apontaram que muitas coisas aconteceram nestes últimos quatro anos mas, disseram, há algo que não se modificou, a constância e a perseverança das Mães em lutar.

Trata-se da trigésima primeira e última marcha desse tipo, disse essa associação presidida pela destacada defensora dos direitos humanos Hebe de Bonafini.

Convidamos você a colocar o corpo pelo futuro da pátria, disseram as Mães, que apesar da sua idade avançada algumas ultrapassam os 90 anos estarão na emblemática Praça de Maio, a uns passos da Casa Rosada, sede presidencial, onde a cada quinta-feira fazem sua ronda por mais de quatro décadas.

As Mães lideraram pela primeira vez em 1981 esta iniciativa para reclamar a validade dos direitos humanos.

Após 25 marchas deste tipo até 2006, decidiram suspendê-las ao considerar que ‘o inimigo não estava mais na Casa Rosada’, em reconhecimento ao então presidente Néstor Kirchner.

Em 10 de dezembro de 2015, durante o primeiro dia de governo de Mauricio Macri, voltaram a retomar até o ano passado.

‘Agora, depois da vitória nas urnas de Alberto e Cristina Fernández, consideramos que o inimigo não estará em Casa Rosada. É por isso que as Mães realizarão sua última Marcha de Resistência nos dias 29 e 30 de novembro’, destacaram.

Tornando-se uma ferramenta de luta criada pelas Mães em 1981, em plena ditadura militar a iniciativa consiste em dar a volta à pirâmide da Praça de maio 24 horas seguidas. Junto a elas se somam representantes de organizações sociais e cidadãos comuns.

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