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sábado, 20 abril, 2024

Intenção da OTAN é transformar o bloco em instrumento estratégico dos EUA contra China

Foto: Flickr
O presidente dos EUA, Joe Biden na cúpula da OTAN em Madri - Sputnik Brasil, 1920, 02.07.2022
Em seu novo conceito estratégico, a OTAN designou pela primeira vez a China de “desafio sistemático”, de acordo com especialistas ouvidos pela Sputnik, Pequim adotará uma postura racional, contida, mas dura em relação à Aliança Atlântica.
A OTAN, em seu novo conceito estratégico, observa que as políticas da China vão contra os interesses e valores da organização. A versão anterior do conceito, adotada em 2010, não incluía a China.
De acordo com Wang Iwei, vice-diretor do Instituto de ideias Xi Jingpin na Universidade Popular (Renmin) da China, a intenção da OTAN é transformar o bloco em uma ferramenta de dissuasão da China.
“A intenção da OTAN é evidente: sob o pretexto de observar as chamadas regras da ordem internacional, integrar vários “pequenos grupos” sob a liderança dos EUA no quadro da OTAN e transformar a aliança em um instrumento estratégico dos EUA para dissuadir a China”, opina o especialista.
Segundo Wang Iwei, a China, além da Rússia, está se tornando para a OTAN outro pretexto para justificar a sua existência.
Wang Gaigai, chefe do centro analítico Glory Diplomacy, aponta que a chave para a resposta da China à OTAN é manter uma “posição racional, contida e dura”.
“Por um lado, não podemos destruir intencionalmente nossas relações com os EUA, nem podemos prejudicar intencionalmente nossas relações com a Europa. Por outro lado, não devemos de maneira nenhuma ceder em questões-chave”, disse Gaigai.
O especialista notou que atualmente os EUA sozinhos não podem forçar a China a seguir suas regras. Por isso, no futuro eles inevitavelmente aumentarão a pressão sobre a Europa no âmbito da dissuasão chinesa. Ele acrescenta que, atualmente, a OTAN não representa um perigo real para a China.
Wang Gaigai opina que uma verdadeira ameaça à China só surgirá se os democratas, junto com o presidente Joe Biden, concentraram nas suas mãos o poder nos EUA durante muito tempo, o que levará à união da Europa e Washington contra a China.
Primeira-ministra da Nova Zelândia, Jacinda Ardern, durante coletiva de imprensa após o ataque em um supermercado em Auckland, Nova Zelândia, 3 de setembro de 2021 - Sputnik Brasil, 1920, 30.06.2022

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