Nações Unidas (Prensa Latina) A insegurança e a violência contra ex-combatentes, líderes sociais e até comunidades inteiras persistem hoje como os principais obstáculos ao processo de paz na Colômbia, segundo o último relatório da ONU.
Assim explicou o chefe da missão das Nações Unidas na Colômbia, Carlos Ruiz, ao Conselho de Segurança na véspera.
Por meio de videoconferência, ele destacou que é fundamental desenvolver uma estratégia de segurança nas novas áreas de reintegração de ex-combatentes.
Da mesma forma, destacou o diplomata mexicano, o diálogo sustentado entre as partes é essencial para a implementação integral de todos os aspectos do Acordo de Paz.
Nesse sentido, reforçou o convite para que todos os esforços em colaborar com a missão da ONU na Colômbia, resolver as divergências e contribuir para a reparação das vítimas do conflito.
A violência contra ex-combatentes, lideranças sociais, defensores dos direitos humanos e comunidades é uma ameaça à construção da paz na nação sul-americana e é urgente enfrentar este problema, disse Ruiz.
Conforme afirmou, desde a assinatura do Acordo de Paz, foram assassinados 252 ex-guerrilheiros colombianos. 2021 é o quinto ano de um período de 15 anos planejado para a implementação desse acordo em sua totalidade, destacou, por isso é tão importante que todos os atores colombianos trabalhem juntos para proteger o que foi alcançado e acelerar o ímpeto das pendências.
Da mesma forma, o alto funcionário da ONU destacou a relevância do apoio do Conselho de Segurança e da comunidade internacional ao processo de paz na Colômbia.
Em suas intervenções perante o Conselho, os representantes da Noruega e de São Vicente e Granadinas reconheceram o importante papel que Cuba desempenhou como mediador desse processo de paz.
Por sua vez, a China expressou preocupação com crimes violentos e ataques contra ex-combatentes.
Preocupação também compartilhada pela Delegação de São Vicente e Granadinas, que se referiu às difíceis condições de segurança enfrentadas por mulheres, civis e ex-guerrilheiros.
Também se soube que o presidente colombiano, Iván Duque, enviou uma carta ao Conselho de Segurança solicitando a prorrogação do mandato da missão das Nações Unidas naquele país.