Quito (Prensa Latina) O Equador volta a ser centro da cultura com a celebração do V Festival de Artes Vivas de Loja, evento emblemático da cidade e deste país sul-americano.
Segundo os organizadores, as práticas artísticas e culturais se adaptam e se regeneram em circunstâncias desta natureza, na medida em que mantêm as relações sociais e afirmam o sentido de pertencimento ao grupo.
Neste contexto, o Festival convida a manter a criação, participação e intercâmbio cultural em ambientes digitais.
Artistas equatorianos propõem encenações sugestivas a partir da virtualidade, ao lado de representantes de seis outros países (China, Peru, Argentina, Indonésia, França e Geórgia).
Teatro, comédia, dança e bonecos são algumas das expressões da arte que marcarão presença no encontro, iniciado na noite de ontem e com duração de uma semana.
Para este dia está prevista a obra Madreselva, uma homenagem à floresta amazônica e um apelo à conservação dos seus recursos naturais e espécies nativas em perigo de extinção.
Do Peru, chegará o Retablo Sinfônico, com o balé folclórico e a Orquestra Sinfônica Nacional, que oferecerá uma viagem visual e sonora por quatro regiões dessa nação andina, a partir de pinturas e criações coreográficas inspiradas nas danças tradicionais.
O Concerto de Transição, que será transmitido ao vivo, uma apresentação da companhia nacional de dança, com sede em Quito, e a peça El bufón y su rey encerra a programação de hoje.
O evento foi inaugurado no Teatro Benjamín Carrión, em Loja, pela Orquestra Sinfônica da cidade, o que fez vibrar os presentes, que compareceram com os protocolos de segurança estabelecidos para evitar o contágio por doenças respiratórias.
As propostas estrangeiras incluem um concerto da Orquestra de Música Tradicional Chinesa, Danças Tradicionais da Geórgia e a peça Exodo, ensaio argentino sobre masculinidade.
Estará também disponível o Pixel, que vem da França para mostrar um universo de poesia e sonhos em que realidade e ilusão se confundem, assim como Randai, uma tradicional arte teatral de Minangkabau, na Indonésia, uma mistura de canto, música, dança, teatro e silat (arte marcial).
‘O V Festival Internacional de Artes Vivas de Loja mostra que o Equador deu um salto nas possibilidades criativas para compensar a falta de aplausos com a democratização do acesso à cultura. Os olhos do mundo agora se voltam para Loja, a cultura ela está viva ‘, afirmaram os organizadores.
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* Jornalista do Gabinete de Economia da Prensa Latina