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quinta-feira, 28 março, 2024

Coronavírus: papa defende anular dívida de países pobres

Francisco celebrou missa de Domingo de Páscoa numa Basílica de São Pedro vazia

Em missa de Páscoa celebrada sem fiéis, Francisco apela para união entre povos para enfrentar covid-19, defende relaxamento de sanções e anulação das dívidas de nações carentes. “Este não é tempo para egoísmos.”

Em missa de Páscoa celebrada sem fiéis, Francisco apela para união entre povos para enfrentar coronavírus, defende relaxamento de sanções e anulação das dívidas de nações carentes. “Este não é tempo para egoísmos.”

O papa Francisco celebrou, neste domingo (12/04), a tradicional missa de Páscoa com a benção Urbi et Orbi (à cidade de Roma e ao mundo), sem a presença de fiéis na Basílica de São Pedro, devido à pandemia de covid-19.

Em transmissão pela internet, o pontífice pediu união entre os povos para enfrentar a pandemia de coronavírus: “Este não é tempo para egoísmos, pois o desafio que enfrentamos nos une a todos e não faz distinção de pessoas”, disse o Santo Padre.

Na sua mensagem de Páscoa, lida numa basílica de S. Pedro vazia, o papa Francisco desejou que “sejam aliviadas as sanções internacionais que impedem os países que as sofrem de proporcionarem um apoio conveniente aos seus cidadãos” e apelou à solidariedade internacional “para reduzir, se não mesmo anular a dívida que pesa sobre os orçamentos dos países mais pobres.”

Francisco apelou a um “cessar-fogo mundial e imediato” em sua mensagem. “Este não é tempo para continuar a fabricar e comercializar armas, gastando somas enormes que deveriam ser usadas para cuidar das pessoas e salvar vidas”, disse o papa.

O chefe da igreja católica pediu ainda à Europa “soluções inovadoras” face à pandemia da covid-19. Segundo o papa, o continente se recuperou da Segunda Guerra graças à “solidariedade”, e que seja este o sentimento que prevaleça agora, e não o ressurgimento de antigas rivalidades, apontou.

O Papa mais uma vez agradeceu aos médicos e enfermeiros, e a todos os profissionais que garantem os serviços essenciais necessários à convivência civil. Ele também disse estar preocupado com o futuro e com a falta de emprego, encorajando os políticos a trabalharem em prol do bem comum.

“Este não é tempo para a indiferença, porque o mundo inteiro está sofrendo e deve sentir-se unido ao enfrentar a pandemia”, disse ainda o pontífice, pedindo que não faltem os bens de primeira necessidade aos que vivem nas periferias, aos refugiados e aos desabrigados.

Num mundo “oprimido pela pandemia, que coloca uma dura prova à nossa grande família humana”, é preciso responder com o “contágio da esperança”, afirmou.

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já provocou mais de 108 mil mortos e infectou mais de 1,78 milhão de pessoas em 193 países e territórios.

CA/lusa/vaticannews/ots

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