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sábado, 20 abril, 2024

Colômbia obteve US$32 milhões por migração venezuelana

Por: Yonaski Moreno / Yuleidys Hernández

Caracas,. AVN – Durante 2018, a Colômbia recebeu pelo menos US$32,4 milhões de organismos internacionais após seu chamado de auxílio econômico inscrito na massificação da migração venezuelana e a campanha xenofóbica que começou com a gestão do ex-presidente Juan Manuel Santos e que continua com seu sucessor, Iván Duque.

O governo colombiano declarou sentir-se incapaz de atender -sem a ajuda internacional-, os migrantes venezuelanos que chegaram ao país vizinho após uma intensa campanha midiática com o uso das fake news.

A campanha migratória contra a Venezuela fez com que em março deste ano, a Colômbia recebesse uma primeira doação dos Estados Unidos, especificamente da Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (Usaid), que destinou US$2,5 milhões.

A Colômbia escutou mais uma vez, em março deste ano, o doce som da caixa registradora, já que a União Europeia anunciou que lhe daria 2,5 milhões de euros (US$,4 milhões) para atender às necessidades dos migrantes venezuelanos, destacaram no momento as agências internacionais.

Um mês depois, o subsecretário de Estado dos EUA, John Sullivan, anunciou que os Estados Unidos concederão US$18,5 milhões adicionais para a Colômbia para supostamente atender os venezuelanos que entraram no país vizinho, disse a EFE na época, além de US$9 milhões entregues em agosto, segundo afirmou o jornal colombiano El Tiempo.

Estes recursos aparentemente não foram suficientes para a Colômbia, pois com a desculpa da suposta chegada em massa de venezuelanos à Colômbia, o chanceler colombiano, Carlos Holmes Trujillo, solicitou em setembro a criação de um “fundo humanitário de emergência para fortalecer a capacidade orçamentária” da Colômbia.

Em setembro deste ano, Holmes Trujillo agradeceu os recursos financeiros que a União Europeia outorgou, atrevendo-se além disso a solicitar que os mesmos “incrementem”.

“A UE também vem dando passos concretos em sua política de cooperação”  “temos a esperança de que dê passos concretos adicionais”, segundo citaram meios de comunicação internacionais.

Nesse mesmo mês, o vice-presidente dos EUA, Mike Pence, anunciou um novo pacote de “ajuda” de US$48 milhões para os países da América Latina que recebem os migrantes venezuelanos, disse a EFE.

Os esforços da Colômbia para obter recursos às custas de uma migração venezuelana impulsionada pela manipulação midiática não se reduzem aos pedidos de Holmes Trujillo, pois foi o ex-presidente, Juan Manuel Santos, o primeiro a anunciar que no país vizinho estavam “prontos para receber ajuda internacional”.

De fato, o ex-ministro da Fazenda, Mauricio Cárdenas, em fevereiro deste ano assegurou que seu país esperava conseguir US$60 bilhões.

Na ocasião em uma entrevista para a Reuters informou que sua nação ligou para as agências de crédito internacionais para preparar um plano de resgate finaneiro por uns US$60 bilhões para a Venezuela se o presidente constitucional, Nicolás Maduro deixar o poder. “O que ocorre quando cair? Nós não deveriamos improvisar. Deveria existir um plano, porque a necessitará apoio financeiro”, disse.

O atual mandatário, Iván Duque, parece seguir a política de seu predecessor, pois falou várias vezes sobre a necessidade de obter recursos para atender a população que entra no país.

O governo da Venezuela denunciou em reiteradas oportunidades que através das fake news, a manipulação psicológica e midiática permitiu que um grupo de venezuelanos cruze as fronteiras na busca do paraíso prometido. Na maioria dos casos somente encontraram xenofobia, discriminação, exploração laboral e até tráfico de pessoas.

Na Venezuela moram 5,6 milhões de colombianos que fugiram do conflito armado e do narcotráfico que sofre a nação colombiana há mais de 50 anos. Os 335 municípios do território venezuelano contam com presença colombiana. Somente em Petare, no município de Sucre, convivem pelo menos 230 mil colombianos, representando 4,10% da população da Colômbia na Venezuela.

Nas últimas duas décadas os colombianos que residem no território nacional foram incluídos na vida social, laboral e educativa, podendo desfrutar das diversas políticas públicas que o governo bolivariano executa como qualquer venezuelano.

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