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quinta-feira, 28 março, 2024

A auto-defesa e a RDPC

por Workers World
Vivemos num mundo onde há opressores e oprimidos.
Inevitavelmente, aqueles que são oprimidos e explorados levantar-se-ão e combaterão pela libertação, tentarão remover das suas costas a bota dos opressores.
Exactamente agora o pequeno país que é a República Democrática e Popular da Coreia está a tentar evitar ser esmagado pela força imensa da “democracia capitalista” estado-unidense.
O que deveríamos nós, que vivemos no mais poderoso país imperialista do mundo, fazer quando a RDPC decide que precisa de um dissuasor nuclear para impedir os EUA de tentarem derrubar o seu governo?
Porque isso foi o que o mundo viu o Pentágono fazer na Jugoslávia, Afeganistão, Iraque, Líbia e ainda a tentar fazer na Síria.
Alguns governos bem como grupos pacifistas estão a apelar aos EUA para renunciar às suas ameaças de atacar a RDPC. Mas eles também estão a dizer que os norte-coreanos deveriam “congelar” seu programa de armas nucleares.

Se a RDPC concordasse, teria ela garantida a sua segurança? E se os EUA atacassem de qualquer forma? O que diriam esses grupos? “Desculpem?”.
A guerra é muitíssimo real para os coreanos. Eles não precisam ser ensinados acerca dos seus horrores. Cerca de 5 milhões morreram durante a Guerra da Coreia, a maior parte às mãos das forças dos EUA.
Demoraram anos para reconstruir o seu país, não só por causa de toda a devastação mas também por causa dos esforços contínuos dos imperialistas estado-unidenses para arruinarem a sua economia através de sanções e outras medidas.
É direito dos povos oprimidos escolherem a forma da sua luta. Como disseram os Panteras Negras, eles têm o direito de resistir “por quaisquer meios necessários”. Cabe ao oprimido decidir qual a táctica mais adequada para as suas condições. Aqueles que vêm da nação opressora não devem ditar como é que isto deveria ser feito.
E o mesmo é verdadeiro na arena internacional. Se o povo da República Democrática e Popular da Coreia decidiu que o único caminho para estar seguro de outro ataque dos EUA é ter um dissuasor nuclear, a melhor coisa que nós nos EUA podemos fazer é tentar assegurar que um tal ataque dos EUA nunca aconteça.
Aqueles de nós que vivem “na barriga da fera” não podem impor condições àqueles que vivem em países oprimidos pelo imperialismo. Nossa tarefa é defender o seu direito a libertar-se.
Precisamos explicar aos nossos companheiros trabalhadores como a política externa dos EUA, incluindo a sua máquina de guerra, está montada para estabelecer a super-exploração de trabalhadores em outros países. Os bilionários que dirigem Washington, incluindo Trump e seus apaniguados, podem então arrecadar lucros incontáveis de indústrias de guerra e por cortes salariais até o osso para trabalhadores daqui.
Precisamos explicar como a opressão de classe, onde os patrões exploram trabalhadores e pequenos agricultores por todo o mundo, está interligada com a opressão nacional sob o imperialismo dos EUA. Racismo, xenofobia, islamofobia – tudo isso são ferramentas ideológicas utilizadas para justificar a subjugação brutal e o roubo de povos inteiros. Isto é verdade para a opressão das pessoas de cor dentro dos Estados Unidos, assim como para todas as nações lá fora.
Os trabalhadores têm um meio de se defenderem. Isto se chama solidariedade. Podemos livrar o mundo da opressão e da exploração, mas só se percebermos nossa própria força pela rejeição de toda forma de intolerância e unindo-nos a todos aqueles que combatem pela libertação do capitalismo.

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