Assange anuncia mais revelações relacionadas às eleições nos EUA

Assange realizou estas declarações ao intervir, através de uma videoconferência, em um ato organizado nesta capital para comemorar o décimo aniversário de sua organização. Segundo o jornalista australiano, preso na embaixada do Equador em Londres, a primeira publicação será antes do próximo domingo e pretendem publicar três vezes por semana, até as eleições estadunidenses, previstas para 8 de novembro.

Analistas consideram que parte desses documentos poderiam prejudicar a candidata democrata, Hillary Clinton, como aconteceu com recentes vazamentos do Wikileaks.

O cyber-ativista também prometeu difundir nas próximas dez semanas informações sobre a guerra, as armas, o petróleo, o Google e a espionagem em massa. Só explicou que os documentos se referem a três grandes organizações em três estados diferentes.

Assange denunciou, uma vez mais, as fortes pressões internacionais que sofre o governo do Equador por lhe conceder asilo político em sua embaixada em Londres.

Desde 2012, encontra-se encerrado nesse território para evitar sua extradição à Suécia, onde é acusado de supostos delitos sexuais, que ele nega.

Melinda Taylor, integrante da equipe de defesa de Assange, denunciou que as pressões são de índole comercial e política, e fez referência às posições de Quito sobre o assunto.

Em fevereiro passado, o Grupo de Trabalho sobre Detenções Arbitrárias das Nações Unidas opinou que a detenção de Assange era ilegal e pediu sua libertação.

A justiça sueca atuou contra o programador informático devido ao fato de Assange ter colocado em situação complicada vários governos, especialmente o estadunidense, com a divulgação de milhares de cabos secretos do Departamento de Estado desse país.

A ordem de detenção, segundo Assange, não é mais que uma manobra para que ele seja enviado aos EUA, onde seria julgado por difundir informação confidencial sobre a segurança nacional norte-americana, e poderia ser condenado a prisão perpétua ou à morte.

Wikileaks atingiu popularidade em 2006, e já divulgou, segundo seu fundador, onze milhões de documentos classificados de todo o mundo através de seu site na Internet.