Pretoria (Prensa Latina) A aspirante à presidência do Congresso Nacional Africano (CNA) Nkosana Dlamini-Zuma pediu que a organização e seus aliados Cosatu e o Partido Comunista a achar a via de voltar a unir-se porque precisam-se uns a outros nas atuais circunstâncias de África do Sul.
Segundo soube-se hoje, estes pronunciamentos ontem de Dlamino-Zuma produziram-se durante uma reunião da liga Juvenil do CNA na província de KwaZulu-Natal em ocasião das celebrações pelo Mês da Mulher neste país de África Austral.
Os membros da CNA, do Congresso dos Sindicatos da África do Sul (Cosatu) e do Partido Comunista devem reflexionar a respeito de como se dividiram tanto e trabalhar para restaurar a unidade, expressou a representante que tem ocupado numeroso cargos de ministra.
Em sua opinião, esta divisão começou como parte de um plano muito maior encaminhado a uma mudança de regime em África do Sul, que é dirigida pelo CNA desde a chegada ao poder da democracia em 1994 com o fim do apartheid. A ideia que se persegue é que o país seja governado por outros enquanto o CNA se enfrenta internamente, comentou.
Dlamini Zuma, qum entre seus méritos ostenta também ter sido a primeira mulher em ocupar a presidência da União Africana (2012-17), chamou aos integrantes do CNA a realizar campanhas políticas com dignidade, quando em setembro comece a candidatura para a presidência dessa organização, que se decidirá em dezembro próximo. Pediu a todos os integrantes do Congresso Nacional Africano apoiar ao candidato que consiga a eleição como presidente nessa Conferência nacional de dezembro.
Em outra atividade em Johannesburgo, Dlamini Zuma admitiu que as eleições gerais da África do Sul em 2019 serão difíceis, com uma oposição que tem declarado sua intenção de tirar o CNA do poder, e alertou que o governo tem que acelerar e implementar as promessas de manifesto das anteriores eleições de 2012, quando foi reeleito Jacob Zuma.
O povo elegerá um governo capaz de enfrentar os desafios atuais e também pelo bom trabalho que começamos, agregou.
Dlamini Zuma foi ministra do Interior, Saúde (conseguiu a proibição de se fumar em lugares públicos) e Relações Internacionais e Cooperação, além de Presidenta da UA.
Durante seu período como chanceler, sob a presidência de Thabo Mbeki, foi reconhecida por ter liderado ‘um dos períodos mais exitosos do país a nível internacional’.
A dirigenta do ANC apresentou em Johannesburgo um livro sobre suas experiências à frente da organização continental.