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quarta-feira, 17 abril, 2024

Acusação contra Correa: novo caso de perseguição política

 Havana, (Prensa Latina) Como outro caso de perseguição contra líderes progressistas na América Latina, consideram hoje políticos e acadêmicos da região as ações judiciais empreendidas contra o ex-chefe de Estado equatoriano Rafael Correa.

Nesta semana a juíza Daniela Camacho decidiu decretar prisão preventiva para o ex-presidente pelo suposto sequestro em 2012 do então legislador Fernando Balda, e emitiu a alerta vermelho para que a Polícia Internacional (Interpol) o detenha e extradite a Quito.

‘Está em curso um plano regional sistemático que criminaliza ao progresismo na América Latina e realiza golpes de Estado macios com Estados Unidos à cabeça’, advertiu o Prêmio Nobel da Paz Adolfo Pérez Esquivel em sua conta do Twitter.

Com esta opinião coincidiu o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, que recordou os casos dos e-presidentes Cristina Fernández, de Argentina, e Luis Inácio Lula da Silva, do Brasil.

Lula encontra-se preso há 90 dias, acusado de delitos que não cometeu, em uma manobra que procura desabilitá-lo para as próximas eleições presidenciais, onde lidera todas as intenções de voto.

‘Primeiro Cristina. Depois Lula. Agora Rafael Correa. Cesse a perseguição contra líderes autênticos de nossa América’, escreveu Maduro nas redes sociais.

Em reiteradas ocasiões, Correia tem manifestado que as autoridades não possuem provas para vinculá-lo ao caso Balda e fez questão de que se trata de um complô contra ele.

Da Bolívia, o presidente Evo Morales expressou sua solidariedade com o líder da Revolução Cidadã e denunciou a politização da justiça equatoriana e a intenção de encarcerar um inocente.

‘Lamentamos que defensores dos povos, quem lutaram por defender os direitos de gente singela e humilde, hoje estejam sendo perseguidos’, declarou, por sua vez, o chanceler boliviano, Fernando Huanacuni.

 

Também o ex-presidente hondurenho Manuel Zelaya expressou seu apoio a Correa ante esta ‘caçada e seus autores’.

Zelaya foi derrubado em 2009 por um golpe de Estado orquestrado pela oligarquia, com o apoio de Estados Unidos.

‘Uma nova ofensiva carregada de infamia e calunia desata-se contra o presidente Rafael Correa’, escreveu Zelaya no twitter.

O advogado defensor de Correa, Caupolicán Ochoa, advertiu que apelará ante a Promotoria Geral de Equador e denunciará as arbitrariedades e irregularidades cometidas durante o processo

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