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quinta-feira, 28 março, 2024

Cuba, referência para os amigos latino-americanos e caribenhos

A diretora para América Latina e o Caribe do ICAP, Lilia María Zamora Rodríguez, assegura que os amigos de Cuba também defendem outras causas de justiça social no mundo. Foto: (cortesía ICAP), Karoly Emerson

EM 39 países da América Latina e o Caribe trabalham 675 organizações de solidariedade com Cuba de forma permanente e articulada, expressou ao Granma Internacional a diretora dessa região geográfica no Instituto Cubano de Amizade com os Povos (ICAP), licenciada Lilia María Zamora Rodríguez.

Destacou a existência de um maior número de amigos, simpatizantes e admiradores da Revolução Cubana sem afiliar-se a esses grupos, mas que interagem com eles nas diferentes atividades convocadas como palestras, concertos, projeção de audiovisuais, comemoração de datas, mobilizações e outras.

Ao mesmo tempo, estas associações estabelecem vínculos com os parlamentares, sindicalistas, estudantes, religiosos e membros de partidos políticos para somar a essas forças em sua ação em um clamor pela justiça social, contra o neoliberalismo, defendendo Cuba, Venezuela e os países que optaram por afastar-se do capitalismo.

«Em 2017, os grupos de solidariedade realizaram mais de 700 atividades em torno à luta contra o criminal bloqueio econômico, comercial e financeiro imposto pelos Estados Unidos contra Cuba e pela eliminação da ilegal Base Naval estadunidense em Guantánamo. Também se ocuparam de desmentir as campanhas midiáticas contra o socialismo cubano e ganharam muito espaço nas redes sociais», explicou a diretiva do ICAP.

Todas as organizações promovem visitas de troca à Ilha caribenha em grupos de profissionais, artistas, sindicalistas ou estudantes. Igualmente, enviam pessoas para integrar as brigadas de solidariedade que a cada ano visita o Acampamento Internacional Julio Antonio Mella, situado no município de Caimito, província de Artemisa.

Apontou que recebem em janeiro a brigada Sul-americana integrada por argentinos, chilenos, brasileiros, uruguaios e bolivianos, enquanto a Latino-americana e Caribenha vem no mês de julho, cujos membros procedem de países centro-americanos e dos estados insulares do Caribe. «Soma-se também nesse período de verão a Juan Ríus Rivera de Porto Rico, que em vários anos envia previamente uma avançada juvenil. Também se encontra organizada a haitiana Atenor Firmin».

Além disso, os grupos solidários enviam representantes para conformar outras brigadas como a Primeiro de Maio, que se convoca ao redor do Dia Internacional dos Trabalhadores e Pelos caminhos de Che Guevara, com atividades alegóricas para homenagear o lendário guerrilheiro, apontou. «Para o fechamento de 2018, estamos promovendo a primeira brigada continental dedicada ao 60º aniversário do triunfo da Revolução Cubana, que virá na data próxima ao dia 1º de janeiro de 2019», indicou a funcionária.

Todos estes amigos levam às suas mobilizações os símbolos pátrios e cartazes em defesa da Ilha Maior das Antilhas.

Igualmente participam dos foros dos povos exigindo melhor tratamento por parte dos governos e defendendo os processos progressistas do continente como ocorreu recentemente em Lima, Peru.

«Junto a uma numerosa delegação, assisti à Cúpula Alternativa dos Povos, que teve sessões na capital peruana, a qual enfrentou à Cúpula das Américas. Fui testemunha da posição contestatária de muitos amigos em réplica perante posições anticubanas. Sentimos vergonha pela pressão e manipulação da Organização dos Estados Americanos (OEA) e dos países que integram o chamado Grupo de Lima, que adotam uma atitude de lacaios do imperialismo ianque», ressaltou Zamora Rodríguez.

Estas demandas também acontecem em diversos países, que organizaram atividades para lembrar o 90º aniversário natalício de Ernesto Che Guevara, principalmente na cidade de Rosario, Argentina, lugar onde nasceu o Guerrilheiro Heroico. Da organização destes eventos participam autoridades locais, partidos políticos e sindicatos, acrescentou.

«No ano passado recebemos doações, mensagens de apoio para ressarcir os danos causados pela passagem do furacão Irma por nosso território. Algo similar aconteceu depois da toma de posse como presidente do Conselho de Estado e de Ministros do companheiro Miguel Díaz-Canel Bermúdez, continuador do projeto socialista e muito cubano de nossa Revolução. Igualmente recebemos muitas notas de condolências pelo lamentável acidente aéreo, que teve lugar em 18 de maio nas proximidades do aeroporto internacional José Martí de Havana».

«Estes amigos se desempenham em um cenário adverso, onde governa a direita que impõem medidas neoliberais com a privatização dos setores públicos e são capazes de reprimir violentamente os revolucionários. Exemplos disso na Nicarágua com os atos vandálicos; o golpe de Estado parlamentar no Brasil contra a presidenta Dilma Rousseff e a prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva», significou a diretiva do ICAP.

Por essas razões, desde Cuba se apoia à Revolução Bolivariana da Venezuela em cada espaço da solidariedade. Assim ocorre com a causa de descolonização de Porto Rico. No passado ano recebemos o patriota porto-riquenho Oscar López Rivera e em julho próximo, o Festival do Caribe em Santiago de Cuba estará dedicado a essa ilha irmã, ressaltou.

Assinalou que os caribenhos desejam organizar para próximas datas um encontro de solidariedade regional, entretanto ajudam às sedes diplomáticas cubanas com seu trabalho.

«Muitos jovens formados em universidades cubanas servem de tradutores nas brigadas médicas e dirigentes de alto nível se formaram em Cuba».

Zamora Rodríguez mencionou as organizações integradas por profissionais formados na Ilha Maior das Antilhas, porque reproduzem o aprendido quanto à organização do sistema de saúde, à realização de campanhas gratuitas de atendimento médico à população ao que chamam Feiras pela Saúde e à colaboração com as brigadas médicas cubanas em seus países para cobrir a assistência sanitária em comunidades afastadas e de difícil acesso.

Para a entrevistada, o desafio principal a ser alcançado por estes movimentos solidários está dado na unidade política de suas forças. «Eles devem unir esforços para tornar-se mais visíveis; sabemos que trabalham sob tensões complexas, mas estes companheiros são corajosos e enfrentam com coragem as dificuldades e sempre estão dispostos a doar seu tempo e suas poupanças financeiras para apoiar nossa Revolução».

Dados para acrescentar

Organizações de solidariedade com Cuba por sub-regiões

 

Sub-região Organizações
Andina 191
América Central 203
Cone Sul 193
Caribe 88
Total 675

–                     Associações de Formados: 26.

–                     Grupos Parlamentares: 25.

Brigadas de Solidariedade organizadas e atendidas pela Direção.

  • Brigada porto-riquenha Juan Rius Rivera. Fundada em 1991. (É recebida anualmente em julho)
  • Brigada Sul-americana de Trabalho Voluntário e Solidariedade com Cuba: Fundada em 1993. (É recebida anualmente em janeiro)
  • Brigada Latino-americana e Caribenha de Trabalho Voluntário e Solidariedade com Cuba. Fundada em 1993. (Chega a seu 25º aniversário em agosto de 2018)
  • Brigada Haitiana Antenor Firmin: Criada em 2013. (Chega em junho de 2018 a sua 5ª edição)
  • Projeta-se receber em janeiro de 2019, a I Brigada Centro-americana de Trabalho Voluntário e Solidariedade com Cuba

Atividades de solidariedade com Cuba e contra o bloqueio registradas em 2017.

Em 2017 foram realizadas 1.948 no total; delas, 713 correspondem à luta internacional contra o bloqueio.

  • Andina: 413 atividades de solidariedade; delas, 155 correspondem à luta contra o bloqueio dos Estados Unidos contra Cuba.
  • América Central: 552 atividades de solidariedade; delas, 161 correspondem à campanha internacional contra o bloqueio.
  • Cone Sul: 428 atividades de solidariedade; delas, 126 correspondem à luta contra o bloqueio.
  • Caribe: 555 atividades de solidariedade; delas, 271 correspondem à luta contra o bloqueio.

Total de atividades registradas no primeiro semestre de 2018

  • No primeiro semestre de 2018 foram realizadas 461 no total,delas, 94 correspondem à luta internacional contra o bloqueio
  • Andinos: 79 ações solidárias, delas, 13 correspondem à luta contra o bloqueio.
  • América Central: 144 atividades solidárias, delas, correspondem à luta contra o bloqueio.
  • Cone Sul: 88 atividades de solidariedade, delas, 11 correspondem à luta contra o bloqueio.
  • Caribe: 150 atividades de solidariedade, delas, 64 correspondem à luta contra o bloqueio.

Encontros nacionais e/ou departamentais de solidariedade com Cuba realizados em 2017.

Em 2017 foram realizados 29 eventos nacionais e departamentais, com participação de 1.929 delegados que representavam 210 organizações.

  • Andinos: 2 eventos com 60 participantes que representavam 15 organizações ( um na Bolívia e um na Colômbia)
  • América Central: 6 eventos com 1.195 participantes, que representavam 114 organizações. ( um em El Salvador, dois no México, dois na Nicarágua e um no Panamá)
  • Cone Sul: 20 eventos com 1.195 participantes, que representavam 67 organizações ( um no Chile, 17 no Brasil, dois na Argentina)
  • Caribe: um evento com cem participantes, que representavam 14 organizações na República Dominicana

Encontros nacionais realizados em 2018

  • América CentralDois eventos com 164 participantes representando 30 organizações. (um em Belize e um em Honduras)

Encontros Nacionais a serem realizados nos próximos meses

  • Chile: Novembro.
  • Equador: Outubro.
  • Costa Rica: Novembro
  • El Salvador: Julho
  • México: Setembro
  • Panamá: Outubro
  • Equador: Outubro
  • Colômbia: Outubro
  • Jamaica: Outubro
  • República Dominicana: Novembro- Dezembro

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